segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

O Surgimento da figura de Fabricio Gomes Pedroza

Durante o período em que iniciara o século XIX, o cultivo da cana -de - açúcar já não era tão lucrativo, quando o equilibrio de sua produção na capitania do Rio Grande. Fatores relacionados a dificuldade do transporte do açúcar, favoreceu o desenvolvimento da cotonicultura no povoado de Coité, passando tal produto, a desempenhar o novo poder econômico da localidade.
   O cultivo do algodão contribuiu para o desenvolvimento considerável da população de Coité. O desenvolvimento da região se torna possível, devido os reflexos da Revolução Industrial, o que leva a Inglaterra a procurar comprar em grandes quantidades a produção algodoeira do Egito e do nordeste do Brasil, com o intuito de substituir o linho pelo algodão, permitindo assim novas possibilidades técnicas, para o uso desta nova economia que permitirá o seu aproveitamento de modo quase ilimitado, tornando a principal matéria -prima do comércio internacional, em decorrência da Guerra de Secessão dos Estados Unidos que tem a produção do algodão prejudicada.
Acervo: Pessoal/ Fabrício Gomes Pedroza
  Paralelamente a estes fatores aparece Fabrício Gomes Pedroza, paraibano de Areia e proprietário do Engenho Jundiaí, Fabrício surge como articulador do mundo dos negócios, que após casar-se com  Dona Damiana Maria Bandeira, filha de Francisco Pedro Bandeira, exerce papel importante no processo do desenvolvimento algodoeiro em Coité. A facilidade do seu cultivo, que não exige, instalações complexas e o número elevado de mão- de- obra para a colheita, favoreceu o despertar da região para um grande pólo comercial.

Foto antiga do Casarão dos Guarapes/ acervo pessoal Anderson Tavares de Lyra

Por conseguinte, para comportar a sua produção, além dos produtos que comprava dos Engenhos de São Gonçalo, São José e Ceará - Mirim. Fabrício instala a primeira casa comercial da povoação, e devido aos crescentes lucros que vinha adquirido em seus negócios. O paraíbano constrói no sítio do sogro uma casa comercial de tecidos e de secos e molhados, e no topo da colina foi edificado a casa onde viria a residir, além de uma capela, alojamento para funcionário e senzala para os escravos.
  Dentre o grande fluxo  de produtos e de algodão, Fabrício manda construir o Porto dos Guarapes.
  Segundo Otacílio Alecrim " Ora Guarapes é a abreviatura popular do vocábulo gentio Guarapes, cujo significado pretende expressar o rumor das águas batendo nas concavidades por elas produzidas."

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