terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ

Foto: Ranier do Nascimento / Entrada Atual da EAJ

Foto:Ranier do Nascimento/ Entrada antiga da EAJ


A história do Colégio Agrícola do Jundiaí esta ligada ao Campo de Demonstração de Macaíba. O governo brasileiro desde do século XIX, vinha procurando formas de dinamizar a produção agrícola do país, já que durante a República Velha a burguesia agrária  tinha influencia sobre o governo.
Para atender os interesses burgueses, foi criados campos de demonstração que eram subordinados ao Ministério da Agricultura, de acordo com o decreto federal n°8.786 de 14/06/1911. e com o decreto
n°219, de 19/07/1911 sancionado pelo Governador Alberto Maranhão, (que tinha comprado o Engenho Jundiaí em 1901, por dezoito contos de réis á Dona Joana Evangelista dos Prazeres Datas, bisavó de Dr. Enock de Amorim Garcia), cede ao Governo da União o domínio útil da propriedade Jundiaí, em Macaíba para ser instalado o Campo de Demonstração.
O Campo de Demonstração de Jundiaí foi inaugurado no dia 05 de janeiro de 1913, e no espaço de 14 meses é construído novos prédios para empregados e para as máquinas, além de um engenho onde se fabricava farinha de mandioca. Tinha-se também no Campo de demonstração animais, cultivo de algodão e a multiplicação de frutas.
Para facilitar o comércio de algodão, o Governador Ferreira Chaves manda construir estradas começando em Macaíba se prolongando até a cidade de Acari. Por falta de orçamento o campo de demonstração e fechado. Em seu lugar irá funcionar a colônia penal DR. João Chaves, devido o macaibense Dr. Enock Garcia ter readquirido o domínio da propriedade, onde durante a Segunda Guerra Mundial, a colônia penal deu uma contribuição importante ao Estado.
"Em 1942, com adesão do Brasil aos países aliados entrando na guerra, vários alemães e italianos foram presos e ali confinados, acusados de espionagem em prol da Alemanha, destacando-se entre eles Ernst Luch, Hans Wieberling, Richard Burgers e Gugliemo Lettieri, esse último vice- cônsul da Italia em Natal"(RIVALDO-1999).
Antes da colônia penal ser transferida para Igapó, os prisioneiros começaram a construir as primeiras salas do futuro colégio Jundiaí. Durante o governo de José Varela e com ajuda de Dr. Enock a fazenda passa para o Estado. Iniciando assim os prédios da Escola de Jundiaí.
De acordo com Itamar de Souza:
"O presídio João Chaves foi construído em 1953 pelo governador Sylvio Pedroza. Após 10 anos de paralisação as obras são retomadas pelo governador Aluísio Alves e concluída no Governo Walfredo Gurgel.(...) Foi inaugurado oficialmente em 28 de abril de 1968, pelo Ministro de Justiça Dr. Gama e Silva. Logo após a sua inauguração, os apenados foram transferidos de Jundiaí para este presídio".
Em 2006, a governadora Wilma de Farias derruba o prédio da Colônia João Chaves, para dar lugar a uma praça.
Voltando a Escola Agrícola de Jundiaí, é inaugurada em 3 de abril de 1950. Em 1953, durante o governo de Silvio Pedroza sendo introduzidos na escola os cursos de iniciação e mestria agrícola. posteriormente o convênio firmado entre o governo do Estado e o Ministério da Agricultura, a escola prática de agricultura passa a chama-se Escola Agro- Técnica de Jundiaí. Hoje a Escola Agrícola de Jundiaí, além de oferecer o ensino médio profissionalizantes, funciona também como universidade.

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