sábado, 28 de fevereiro de 2015

A DETERMINAÇÃO DE AUGUSTO SEVERO



     De acordo com o Prefácio do livro Nunca desista dos seus sonhos, do autor Augusto Cury, ele cita
     "Os sonhos são como vento, você os sente, mas não sabe de onde eles vieram e nem para onde vão. Eles inspiram o poeta, animam o escritor, arrebatam o estudante, abrem a inteligencia do cientista, dão ousadia ao líder. Eles nascem como flores nos terrenos da inteligência e crescem nos vales secretos da mente humana, um lugar que poucos exploram e compreendem."
      Essa é a perfeita descrição de Augusto Severo de Albuquerque Maranhão, que ousou sonhar e enfrentar as dificuldades da realização do seu sonho.

 Filho do Major Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão e de Dona Feliciana Maria da Silva e Albuquerque, nasceu em Macaíba em 11 de janeiro de 1864.
       Após concluir seus estudos preparatórios, matriculou-se na Escola Politécnica, não chegou a concluir o Curso de Engenharia, já iniciara com brilhantismo o curso de Humanidades e por motivos de saúde interrompeu os estudos. Restabelecido, dedica- se ao Magistério no colégio que, em 1882, seu irmão Pedro Velho fundou em Natal.
       Fez parte na Campanha abolicionista e na propaganda republicana, quando começou a revelar as suas aptidões de orador e jornalista.
       Em 1892, foi eleito deputado do congresso local, no ano seguinte ocupou uma cadeira na câmara dos deputados.
Imagem:www.ihp.org.br

       Mais mesmo, com todos esses talentos Augusto Severo ainda sonhava com a construção do PAX, e com a resolução do problema das dirigibilidade dos balões.Então ele resolve ir para a França, para dar forma ao seu sonho. E mesmo com todas as dificuldades apresentada, Severo construiu o Dirigível PAX, e em 12 de maio de 1902, o seu invento sobe aos céus de Paris, mais toda essa glória é apenas momentânea, pois o Dirigível explodiu, matando o mecânico Saches e Augusto Severo.
Imagem: ninja-brasil.blogspot.com
         O sonho de Severo não terminou no dia da sua morte, mais pelo contrario ele inspirou e inspira muitos sonhos ainda nos corações de todos aqueles que buscam a concretização os seus objetivos. Severo compreendeu que muitas vezes os fracassos no meio do caminho, significa abrir o caminho para o crescimento da humanidade.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

MACAÍBA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

A segunda Guerra Mundial desempenhou um papel primordial para o avanço sistemático e tecnológico de Macaíba. Com o melhoramento das estradas de ligação da cidade de Natal as regiões do interior, uma vez que a comunicação entre essas dependiam de uma estrada de barro, as margens do Rio Potengi, em situação precária. Então melhora-lá era o caminho, para facilitar a comunicação entre as cidades.
Não foram apenas as estradas que foram melhoradas como consequência da vinda dos americanos para Natal, houve o crescimento e a evolução dos meios de telecomunicação, dos hábitos, dos costumes. Portanto era necessário atender a população que estava crescendo bem como melhorar o estilo de vida. Natal estava deixando de ser uma pequena cidade, com costumes provincianos para se tornar referencia as demais da região.
"A estrada Natal- Macaíba sempre foi de vital importância para a comunicação entre a capital e o interior. Antes de sua abertura, Natal era abastecida pelos barcos que navegavam o rio Potengi ou então, por cima dos morros. Para facilitar este intercâmbio entre as duas cidades, o governador Adolfo da Silva Gordo (1889-1890) mandou abrir uma estrada pela margem esquerda do rio Potengi, acompanhando a sinuosidade das dunas. o Sr. Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, pai de do Dr. Pedro Velho, foi contratado para realizar aquela obra, na qual trabalharam cerca de três mil flagelados da seca. Posteriormente, em 1942, o Interventor Federal, dr. Rafael Fernandes, iniciou o calçamento a paralelepípedo desta estrada. Inicialmente, o trabalho ficou a cargo de Inspetoria a Obra contra as secas, hoje o DNOCS. Mas, o referido calçamento ficou pronto somente no começo dos anos 50, no governo de Dr. Sylvio Pedroza. ( Souza, Itamar de (coord))-1983:33-35). A morosidade desta obra virou objeto de gozação nacional. Os humorista cariocas- Ratinho e Jararaca- diziam no rádio o seguinte:"vocês sabem qual é a maior estrada do mundo? é a de Natal- Macaíba. Tem dez quilômetros de extensão, mas já faz um século que estão construindo" ".(Diário de Natal, fascículo seis, pag.156)
Para facilitar a comunicação é instalado no Colégio Agrícola de Jundiaí, Na época da Colônia Penal Dr. João Chaves o primeiro telefone do Município, já que na guerra a comunicação tem a mesma importância que, estratégias de combate.

AUTA DE SOUZA


Auta de Souza
Auta de Souza entra para a história da literatura potiguar por ser a melhor  definição entre o mundo privado e público que a mulher em sua época estava exposta.
A educação ministrada á mulher era precária e a vida doméstica as impediam de participar do ambiente social, era dentro de suas casas que a vida se passava bem diante de seus olhos. é por isso que devido ao ensino que recebera Auta de Souza escreveu a melhor poesia, que se podia fazer em seu tempo.
 Segundo Eloy de Souza:
As mulheres nessa época entregavam-se desde cedo aos trabalhos domésticos e, á parte os serviços subalternos, confiados às escravas, mães e filhas dividiam-se entre a cozinha, o cuidado das crianças, o fuso, a almofadas, o tear, a costura, a criação de aves caseiras e engorda de animais destinados a ser imolados nas quatro festa de ano. E quando alguma moça atingia a idade propícia ao casamento era submetida pelo pai a um exame meticuloso sobre a sua aptidão para tomar conta de casa; uma das provas consistia em se lhe entregar um pouco de sabão, no qual devia cortar ouro e fio, a libra convencional".
Auta de Souza nasceu em Macaíba no dia 12 de setembro de 1876, filha de Eloy Castriciano de Souza e de Henriqueta Leopoldina, tem como irmãos; Eloy de Souza nascido em 1873, Henrique Castriciano em 1874, Irineu Leão Rodrigues de Souza em 1875, e João Câncio Rodrigues de Souza em 1877.
Em 1879 sua mães aos 27 anos, morre de tuberculose, deste mesmo mal o seu pai em 1881 aos 39 anos, falece. Seu Irmão morre aos 12 anos, em uma explosão ocasionado pelo candeeiro, fazendo tais percas, parte do expressionismo triste de seus poemas.
" Mas... a gaiola vazia, 
Que eu conservo noite e dia,
Não sabem? é o coração...
é dentro dele que chora, 
A alma de meu irmão!"
(Souza, Auta de - Horto. Pg.36)
Com a morte de seus pais, Auta de Souza e seus irmãos vão para Recife, morar com avó  Silviana de Paula Rodrigues, ( Dindinha, avó materna).
No Recife em 1888, Auta vai estudar no colégio São Vicente de Paula, sob a orientação de professoras francesas, ( as quais faz referencia em seu livro), lá conheceu vários autores franceses, brasileiros e portugueses e dentre os autores de sua preferência estavam: Gonçalves Dias, Marco Aurélio, Vitor Hugo, Bossuet, Fenelou, Lamartine, Gonçalves Crespo, entre outros.
Aos 14 anos, vitimada pela tuberculose, abandona os estudos e volta para o Rio Grande do Norte, iniciando a caminhada pelos interiores do Agreste e Sertão em busca de cura, já que se acreditava que mudança de ares ajudava o tuberculoso a se curar, se dava a associação de que tal mal era desenvolvida ou que piorava em regiões úmidas.
Auta de Souza colaborou em diversos jornais e revistas e como seu irmão Henrique, adotou dois pseudônimos: Hilário das Neves e Ida Salúcio, dos quais assinava suas participações.
Por volta de 1895, Auta de Souza conheceu João Leopoldo da Silva Loureiro, promotor público de Macaíba, com quem namora um ano e com quem foi obrigada a se separar pelos irmãos por motivo de doença. Após um ano da separação o seu amado falece de tuberculose. Esse fato juntamente com a tristeza da perca dos seus pais e do irmão e da tuberculose que sofrerá. A fez terminar o seu livro, intitulado a principio de Dhálias, a posterior é publicado por nome de Horto.
Em 1900, o seu livro Horto é publicado, tornando um marco da poesia potiguar, o livro recebeu vários elogios da critica do país o sucesso fora tão grande que nos dois primeiros meses as primeiras edições haviam esgotado. Tudo por causa do estilo simples de expressar seus sentimentos, em versos.
Um ano após a consagração de seu livro. Auta de Souza falece em Natal no dia 7 de fevereiro de 1901. Sendo sepultada no cemitério do Alecrim. Em 1906 seus restos mortais são levados para a Igreja Matriz de Macaíba, e colocado no jazido da família.
Em 1951, foi feito uma lápide onde estavam os seus restos mortais com os versos extraídos de seu poema ao pé do túmulo:
"Longe da mágoa, enfim no céu repousa
Quem sofreu muito e quem amou demais".
A certeza da morte a fez buscar consolo na religião, como uma maneira de suportar a dor de partir tão jovem. E assim escreve o poema Minha alma e o verso onde descreve tal situação.
MINH’ALMA E O VERSO



Não me olhes mais assim... Eu fico triste
Quando a fitar-me o teu olhar persiste
Choroso e suplicante...
Já não possuo a crença que conforta.
Vai bater, meu amigo, a uma outra porta.
Em terra mais distante.

Cuidavas que era amor o que eu sentia
Quando meus olhos, loucos de alegria,
Sem nuvem de desgosto,
Cheios de luz e cheios de esperança,
N’uma carícia ingenuamente mansa,
Pousavam no teu rosto?

Cuidavas que era amor? Ah! se assim fosse!
Se eu conhecesse esta palavra doce,
Este queixume amado!
Talvez minh’alma mesmo a ti voasse
E n’um berço de flor ela embalasse
Um riso abençoado.

Mas, não, escuta bem: eu não te amava.
Minha alma era, como agora, escrava...
Meu sonho é tão diverso!
Tenho alguém a quem amo mais que a vida,
Deus abençoa esta paixão querida:
Eu sou noiva do Verso.

E foi assim. Num dia muito frio.
Achei meu seio de ilusões vazio
E o coração chorando...
Era o meu ideal que se ia embora,
E eu soluçava, enquanto alguém lá fora
Baixinho ia cantando:

“Eu sou o orvalho sagrado
Que dá vida e alento às flores;
Eu sou o bálsamo amado
Que sara todas as dores.

Eu sou o pequeno cofre
Que guarda os risos da Aurora;
Perto de mim ninguém sofre,
Perto de mim ninguém chora.

Todos os dias bem cedo
Eu saio a procurar lírios,
Para enfeitar em segredo
A negra cruz dos martírios.

Vem para mim, alma triste
Que soluças de agonia;
No meu seio o Amor existe,
Eu sou filho da Poesia.”

Meu coração despiu toda a amargura,
Embalado na mística doçura
Da voz que ressoava...
Presa do Amor na delirante calma,
Eu fui abrir as portas de minh’alma
Ao verso que passava...

Desde esse dia, nunca mais deixei-o;
Ele vive cantando no meu seio,
N’uma algazarra louca!
Que seria de mim se ele fugisse,
Que seria de mim se não ouvisse
A voz de sua boca!

Não posso dar-te amor, bem vês. Meus sonhos
São da Poesia os ideais risonhos,
Em lago de ouro imersos...
Não sabias dourar os meus abrolhos,
E eu procurava apenas nos teus olhos
Assunto para versos.
© AUTA DE SOUZ
In Horto, 1900 

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

JOÃO BATISTA DE VASCONCELOS CHAVES

João Batista Vascocelos Chaves
Imagem:mufpa.wordpress.com/
                JOÃO BATISTA nasceu em Macaíba no dia 4 de outubro de 1875, no solar Ferreiro Torto de DR. Clementino de Vasconcelo Chaves, o seu pai casar-se com a filha do Coronel Estevão José Barbosa de Moura.
                                                                                                                                                                                  Formar-se em ciências jurídicas e sociais pela faculdade de direito do Recife no ano de 1894, ainda jovem foi tentar a vida no Pará e exerceu o cargo de promotor público nas comarca de Baião,Cachoco, Camotá, Belém e Soure, deixando a careira de promotor, a advogar   na Capital, de quase imediato, envereda pela política partidária. É eleito deputado, exerceu o mandato de 1899 a 1912, e lecionou direito penal na faculdade de direito do pará, entre 1905 a  1911.

            De 1912 á 1914, João Chaves, exerceu a função legislativa, como representante do pará na Câmara Federal.


           Em 1915, adoece e vem para Natal transferido, vivendo anônimos, os últimos anos da sua vida.

           No dia 28 de abril de 1924, faleceu em natal, aos 44 anos e segundo Câmara Cascudo, chovia nesta dia.

          O conhecimento de Chaves em penologia o levou a fazer uma esquematização das penas, dos processos de julgamento e das execuções. Por tais motivos João é considerado o idealizador penitenciário.

                Obra de João Chaves

           -Uma memória histórica da  faculdade de direito- 1908- Pará.
          
          -Ciências penitenciário- 1912-Lisboa.

          -E artigo publicada em revistas e jornais. 

         Em homenagem a João Chaves foi criado a Escola Estadual Dr João Chaves, em Mangabeira, e a colônia penal (atualmente Escola Agrícola) em seu nome em Jundiaí, que depois é transferida para igapó em Natal- RN     

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

FOTOS ANTIGAS

Acervo: Odiléia Costa/ homenagem a Augusto Severo em Macaíba

Acervo: Odiléia Costa/ Comemoração do dia das mães em Macaíba

Acervo: Odiléia Costa/ Praça Augusto Severo

HOMENAGEM AO PROFESSOR RIVALDO D'OLIVEIRA


Acervo: Pessoal

Acervo: Pessoal



Rivaldo D' Oliveira nasceu no dia 06/08/1927, na cidade de Nova Cruz. Foi lá onde aprendeu as primeiras letras, com a professora Firma Francelino. Concluiu o curso primário no Grupo Escolar " Alberto Maranhão" em 1942. Se formou em técnico Agrícola pela Escola de Agronomia de Areia, Paraíba em 1948.
  Em 1949, começou a trabalhar na Escola Prática de Agricultura recém fundada, hoje Escola Agrícola de Jundiaí. Lecionou várias disciplinas na área Técnica e Humanística durante 35 anos, quando se aposentou em 1984.
  No ano de 1960, concluiu o bacharelado e a licenciatura em geografia pela antiga Faculdade de Filosofia, ciências e Letras de Natal.
   Rivaldo D'Oliveira foi um dos professores fundador e diretor do Colégio Comercial, (hoje Escola Estadual Dr. Severiano),  Escola Normal Regional e no Ginásio Paulo Nobre.( hoje Escola Estadual Professor Paulo Nobre).
   Escreveu dois livros sobre a história da Escola Agrícola de Jundiaí, sendo o 1º livro lançado  no ano 1999, de nome Jundiaí no seu Cinquentenário. E o segundo de nome Escola Agrícola de Jundiaí, ontem, hoje e amanhã, no ano de 2009. Professor Rivaldo D'Oliveira fazia parte da Academia de Letras de Macaíba.
   Mesmo aposentado nunca deixou de participar das manifestações culturais da cidade de Macaíba. Concerteza, hoje perdemos um grande homem da educação e da cultura de nossa cidade.
     Na manhã desda sexta- feira por volta das nove horas, o professor Rivaldo D'Oliveira falece. Amigos e Admiradores do Professor poderá prestar suas últimas homenagens no centro de Velório São José, em Lagoa Seca, Natal, próximo ao Batalhão do Corpo de Bombeiros do Rio Grande do Norte.

O professor Rivaldo d’Oliveira faleceu ontem dia 14 de junho, aos 85 anos, vítima de uma arritmia cardíaca 

MARIA ALICE FERNANDES

Imagem jotamaria-medicapioneira.blogspot.com
             Maria Alice Fernandes nasceu em Macaíba no dia 8 de dezembro, sendo a terceira filha do casal Antonio Marinho.
             Alice fez seus estudos no Grupo Escolar Auta de Souza, aos sete anos vai morar em Natal, do qual studa na Escola de Comércio Feminina, dirigida por Mademoiselle Julia Seuve, uma francesa, e de acordo com Anna Maria Cascudo Barreto, em seu livro Mulheres Especiais.
"Lá conheceu Francisco Fernandes, que lhe ensinou escrituração mercantil. Ambos se apaixonaram, casando com 8 meses de namoro e noivado. Terminou os estudos já casada, e depois de um ano teve seu único filho, Ferdinando. Só voltou a estudar quando ele completara seis anos. Dedicou esse tempo ao lar e a formação da criança, que representava o amor de Fernandes"
           Depois de alguns anos muda para Recife, onde se forma em medicina, em 1938. Em busca de mais conhecimento na área em que escolhera para atuar, vai para São Paulo fazer pós- graduação em obstetrícia, sendo assim a primeira médica Norte- Riograndese  formada nesta área.
Maria Alice trabalhou ao lado de grandes cirurgiões como João Tinoco, Erelvino Cunha, José Tavares e Joaquim Luz, ela sempre participou de congressos nacionais e internacionais de obstetrícia, incluindo o congresso internacional pela 25° aniversário da ONU, além dos cursos feitos na Alemanha, Japão e Suíça.
          Fez Vários partos, algumas sozinha e outros com ajuda, estimasse que em média tevesse realizado mais de 12 mil partos, entre eles estavam os de Marcio Marinho, Nilza Lopes Galvão de Oliveira, Valério Mesquita.
          Fundou em 19 de julho de 1949 a liga norte- riograndense contra o câncer organizou o IX curso de educação em prevenção ao câncer no campo de medicina preventiva, além de ter sido uma das fundadoras do hospital Luíz Antônio em 1946, foi sócia, fundadora e membro do conselho diretor da cruz vermelha brasileira, foi professora de inglês, formada pela Faculdade de Filosofia do Recife.
         Alice foi uma mulher que sempre se voltou para causas sociais, a saúde do próximo sempre foi o seu principal objetivo, isto se reflete nos títulos de cidadã honorária que recebera da cidade Eilkat, de indiana, o diploma de cidadã natalense que recebeu dos vereadores de Natal, o diploma de amigo da marinha, foi considerada ex- aluna honorária da Escola Doméstica de Natal, e do do Ministério da Saúde, que também a homenageou com o diploma pelo empenho na luta contra o câncer no país.
Quando adoeceu de labirintite, teve que parar de exercer a profissão de médica, devido o risco de perder a audição. Porém isto não a impediu de continuar a buscar a sua meta que era servir o próximo e á comunidade sua lema era "ajude-nos a ajudar". Seja o que fosse realizar, Maria Alice tinha determinação e convicção do que queria, a busca por seus ideais a fizeram ser uma mulher de metas e realização, por sempre procurar ir além á busca de fazer o bem ao próximo.
" Faleceu no Rio de Janeiro, em 1900, mas seu corpo foi transladado num avião cedido pelo Governo do Estado para ser sepultado em Natal"(medicina e arte, suplemento nos do RN...diário oficial do Rio Grande do Norte, ano II, número 17- abril de 2006).


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

BREVE DADOS SOBRE ALGUMAS ESCOLAS MUNICIPAIS E ESTADUAIS DE MACAÍBA

 ESCOLA MUNICIPAL SANTA LUZIA EM CAJAZEIRAS- Foi fundada em 1966, a escola recebeu esse nome em homenagem a Santa Luzia.

ESCOLA MUNICIPAL MANOEL DUARTE FILHO- Foi fundada em 12 de dezembro de 1986. Manoel nasceu em Cana Brava em 4/03/1901, filho de Manoel Duarte e Dona Bernardina da Costa. Duarte trabalhou e residiu em Cana Brava, onde trabalhou na agricultura e participou da vida política da cidade. Faleceu em 16 DE NOVEMBRO DE 1983.

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ PINHEIRO BORGES-Foi fundada no dia 31 de abril de 1984, a escola está localizada no Campo da Santa Cruz. Pinheiro Borges era filho de João Pinheiro Borges e Maria Joaquina Pinheiro. Nasceu no dia 20 de novembro de 1891 em Bananeira, Estado da Paraíba. Aos 20 anos, chega a Macaíba e se estabelece como comerciante. Faleceu no dia 4 de agosto de 1968.


ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO FALCÃO FREIRE- Foi fundada no dia 16 de outubro de 1986. Francisco Falcão foi vereador e funcionário público de Macaíba.


ESCOLA MUNICIPAL TEREZA BRITO DO NASCIMENTO- Foi fundada em setembro de 1988.


ESCOLA MUNICIPAL AUGUSTO SEVERO- Situada na Castelo Branco, foi fundada em 3 de dezembro de 2003. ( A biografia de Augusto Severo, você encontra em outra postagem, do blog).

ESCOLA MUNICIPAL DR. ALFREDO LIRA- Foia fundada em 1968.

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA ANITA ALVES MACIEL- Foi professora do Colégio Auta de Souza. Foi casada, com o senhor Baltazar Marinho, Anita foi educadora praticamente até o final de sua vida.

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSOR JOÃO FAUSTINO- Foi professor do antigo CEFET/RN, atualmente IFRN, foi deputado federal, secretário Estadual de educação e suplente de senador.


ESCOLA DE ENSINO ESPECIAL DOS V. DE FONSECA- APAE- Fundada em 13 de março de 1987.


ESCOLA MUNICIPAL AUTA DE SOUZA- Foi fundada em 1988.( A biografia de Auta de Souza você encontra em outra postagem do blog)

ESCOLA MUNICIPAL DEYSE HALL- Fundada em 1966.

ESCOLA MUNICIPAL FABRÍCIO GOMES PEDROZA- Fundada em 1987. ( A biografia de Fabrício Gomes Pedroza,você encontra em outra postagem do blog)

ESCOLA MUNICIPAL FRANCISCO GENIVAL DA SILVA- Francisco Genival foi professor de matemática da cidade, filho de Pedro Celestino da Silva e de Maria da Luz da Silva. A Escola foi criada pelo Decreto n°415 de janeiro de 1984, com o objetivo de atender a clientela da comunidade do vilar e adjacência. Hoje a Escola está localizada na Rua Valério Mesquita.

ESCOLA MUNICIPAL JESSÉ PINTO FREIRE- Jessé era comerciante e político, foi durante 12 anos Presidente Nacional da Confederação do Comércio, além de ter exercido os cargos de vereadores, Senado da República e de deputado.

ESCOLA MUNICIPAL ELVIRO XAVIER DE SOUZA- Elviro nasceu no dia 1 de setembro de 1881 e falece no dia 1 de novembro de 1933, era senhor de engenho. A escola em sua homenagem foi fundada pelo Decreto de n° 415 de 5 de janeiro de 1984.

ESCOLA MUNICIPAL PADRE JOÃO MARIA-   Era vigário da cidade de Natal e abolicionista. Foi promotor e Ministro da Justiça. Iniciou a sua vida política como vereador, depois Deputado e senador. Anos depois ganha as eleições diretas para presidência do Brasil, não chegando a assumir o cargo.

ESCOLA MUNICIPAL MANOEL SIMPLÍCIO DE ARAÚJO- Foi agricultor e pecuarista e um dos fundadores da comunidade de Peri- Peri.

ESCOLA MUNICIPAL BARTOLOMEU FAGUNDES ( RETA TABAJARA)-F oi fundada em 1970.

ESCOLA MUNICIPAL PROFESSORA NAZARÉ MADRUGA- Professora muito conhecida em Macaíba, e lembrada por muitos na cidade, como uma mulher determinada, e que tinha dedicação a sua profissão. Foi diretora do Grupo Escola Auta de Souza.

ESCOLA MUNICIPAL JOSÉ MESQUITA- Fundada em 1984.

CENTRO EDUCACIONAL FRANCISCO TEIXEIRA- Francisco nasceu em Macaíba em 27 de abril de 1940, filho de Salustino Teixeira Barbosa e de Adélia Teixeira. Falece em 1986 de um ataque cardíaco.

CENTRO EDUCACIONAL R. ALFREDO MESQUITA FILHO- CERU- Foi fundada em 1984. A escola está localizada em Trairás, tem como patrono o ex- prefeito de Macaíba Alfredo Mesquita Filho, que faleceu no dia 12 de abril de 1965.

CENTRO EDUCACIONAL VENERA DANTAS DE MADEIROS- Venera Dantas nasceu no Sitio Volta do Rio no Município de Caicó, no dia 9 de dezembro de 1922, filha de Modesto Batista de Araújo e Jéssica de Araújo. Falece em Natal, no dia 15 de novembro de 1993.

CRECHE ESCOLAR LUIZ CÂMARA CASCUDO- Em homenagem a um dos maiores escritores e historiadores do Rio Grande do Norte, a creche escolar Câmara Cascudo, foi fundado no dia 15 de fevereiro de 1987.

CRECHE PROFESSORA MARLIETE FREIRE DE MACEDO- Foi fundada em 24 de outubro de 1933.

CENTRO DE EDUCAÇÃO MUNICIPAL PEDRO GOMES DE SOUZA- Pedro Gomes nasceu no dia 28 de outubro de 1905, na cidade de Brejo dos Santos no Ceará, filho de João Antonio de Souza e de Francisca Alves Tinin de Souza. Viveu em Macaíba 39 anos. Foi vereador em 2 mandatos, presidente da Câmara Municipal, Delegado de Policia e Inspetor de alunos na antiga Escola Comercial ( Atualmente Dr. Severiano). Pedro Gomes falece no dia 14 de julho de 1982 em Macaíba.

ESCOLA MUNICIPAL NAIR ANDRADE MESQUITA FILHO- Foi fundada no ano de 1984.

ESCOLA ESTADUAL ALFREDO MESQUITA FILHO- Foi criada pelo decreto n° 7.310 de 13/03/1978.

ESCOLA ESTADUAL AUTA DE SOUZA- A princípio era uma casa localizada na antiga rua do comércio, onde nasceu a poetiza Auta de Souza, depois funcionou como Grupo Escolar Auta de Souza, e hoje é conhecida como a Escola Estadual Auta de Souza.

ESCOLA ESTADUAL DEPUTADO JESSÉ PINTO FREIRE FILHO- Comerciante, depois empresário, senador da República e o único riograndese a presidir a CNC, Confederação Nacional do Comércio.

ESCOLA ESTADUAL DR. JOÃO CHAVES- Fundada em 1945 ( A biografia você encontra outra postagem do blog)

ESCOLA ESTADUAL OTACÍLIO ALECRIM- Escola em homenagem a um dos filhos ilustres de Macaíba, nasceu no dia 11 de novembro de 1906, filho da Ana Pulcheira de Melo Alecrim e de Prudente da Costa Alecrim. ( Mais informações biográfica em outra postagem do blog)


ESCOLA ESTADUAL PROFESSOR PAULO NOBRE- Criado pelo decreto lei 5.261 em 19 de fevereiro de 1970. Professor Paulo Vieira Nobre, nasceu em Natal, em 8 de fevereiro de 1898, foi diplomado professor pela Escola Normal do Rio Grande do Norte, Nomeado Consultor Técnico Regional do Conselho Nacional de Geografia, inspetor de ensino. Em 1923 é promovido para lecionar na Escola Elementar Masculina do Grupo Escola Auta de Souza, além de ter sido diretor do estabelecimento por 14 anos.
Adoece em João Pessoa no dia 1967, e falece em Natal. No hospital Médico Cirúrgico em 29 de janeiro de 1967, aos 69 anos de idade.

ESCOLA MUNICIPAL IOLANDA LUCENA- Foi funcionária pública de Macaíba.

ESCOLA MUNICIPAL LUÍZ CÚCIO MARINHO- Luíz Cúcio, nasceu no dia 12 de março de 1901, em Macaíba, filho de Baltazar Gomes Marinho e de Luiza Cúrcio Marinho. Foi comerciante e prefeito da cidade de abril de 1948 a 1930. Falece em Natal no dia 3 de agosto de 1971.


ESCOLA MUNICIPAL SEVERINO FIRME DOS SANTOS- Foi comerciante, pecuarista e agricultor na zona rural de Macaíba nas décadas de 40 á 60.

ESCOLA MUNICIPAL DESEMBARCADOR VIRGÍLIO PACHECO DANTAS- Foi juiz da comarca de Macaíba por quase uma década.

ESCOLA MUNICIPAL LUIZ GABRIEL DA COSTA- Foi comerciante, agricultor e homem de prestígio na sociedade macaibense, principalmente nas décadas de 50 e 60.

ESCOLA MUNICIPAL SANTA ISABEL ( MANGABEIRA)- Foi fundada em 1982, em homenagem a padroeira da região.

ESCOLA ESTADUAL DR. SEVERIANO- Que tinha por nome antigo Escola Comercial de Macaíba com o curso ginasial criado pela lei municipal n°3 do 1.04.58, e o colegial criado pela lei municipal
 n° 05 de 11/08/1969.

ESCOLA ESTADUAL PROFESSORA MARILUZA ALMEIDA FLORENTINO- Foi professora e ex- diretora da Escola Estadual Auta de Souza

ESCOLA ESTADUAL FRANCISCA DE CASTRO GOMES DE ANDRADE- Foi professora, diretora de várias escolas do município e uma das mais ilustres educadoras de Macaíba.












SOLAR MADALENA

Foto: Ranier do Nascimento
Erguido a propriedade de Manoel Maurício Freire, chefe político do Município. O solar foi construído por volta de 1915/1917 sob a responsabilidade do mestre Carneiro, possuindo o estilo Arte Noveau, conhecido também como estilo 1900 ou estilo liberty. Esta arte apresenta tendência arquitetônica do final do século XIX; apresentando um estilo floreado, se, destacando por suas linhas curvas e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, labaredas o que mostra o escapismo desse estilo para natureza valorizando o trabalho artesanal, entre outros.
o Solar foi tombado como patrimônio histórico do Estado em 29 de julho de 2002. Ao lado da casa foi construída a Capela Nossa Senhora da Soledade, no mesmo estilo e pelo mesmo mestre da outra.
Foto: Ranier do Nascimento
A capela foi erguida em 1923, a pedido da esposa de Manoel Mauticio Freire, Dona Constança Freire, que em homenagem ao seu filho que faleceu, ofereceu a Capela a Nossa Senhora da Soledade.

A ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ

Foto: Ranier do Nascimento / Entrada Atual da EAJ

Foto:Ranier do Nascimento/ Entrada antiga da EAJ


A história do Colégio Agrícola do Jundiaí esta ligada ao Campo de Demonstração de Macaíba. O governo brasileiro desde do século XIX, vinha procurando formas de dinamizar a produção agrícola do país, já que durante a República Velha a burguesia agrária  tinha influencia sobre o governo.
Para atender os interesses burgueses, foi criados campos de demonstração que eram subordinados ao Ministério da Agricultura, de acordo com o decreto federal n°8.786 de 14/06/1911. e com o decreto
n°219, de 19/07/1911 sancionado pelo Governador Alberto Maranhão, (que tinha comprado o Engenho Jundiaí em 1901, por dezoito contos de réis á Dona Joana Evangelista dos Prazeres Datas, bisavó de Dr. Enock de Amorim Garcia), cede ao Governo da União o domínio útil da propriedade Jundiaí, em Macaíba para ser instalado o Campo de Demonstração.
O Campo de Demonstração de Jundiaí foi inaugurado no dia 05 de janeiro de 1913, e no espaço de 14 meses é construído novos prédios para empregados e para as máquinas, além de um engenho onde se fabricava farinha de mandioca. Tinha-se também no Campo de demonstração animais, cultivo de algodão e a multiplicação de frutas.
Para facilitar o comércio de algodão, o Governador Ferreira Chaves manda construir estradas começando em Macaíba se prolongando até a cidade de Acari. Por falta de orçamento o campo de demonstração e fechado. Em seu lugar irá funcionar a colônia penal DR. João Chaves, devido o macaibense Dr. Enock Garcia ter readquirido o domínio da propriedade, onde durante a Segunda Guerra Mundial, a colônia penal deu uma contribuição importante ao Estado.
"Em 1942, com adesão do Brasil aos países aliados entrando na guerra, vários alemães e italianos foram presos e ali confinados, acusados de espionagem em prol da Alemanha, destacando-se entre eles Ernst Luch, Hans Wieberling, Richard Burgers e Gugliemo Lettieri, esse último vice- cônsul da Italia em Natal"(RIVALDO-1999).
Antes da colônia penal ser transferida para Igapó, os prisioneiros começaram a construir as primeiras salas do futuro colégio Jundiaí. Durante o governo de José Varela e com ajuda de Dr. Enock a fazenda passa para o Estado. Iniciando assim os prédios da Escola de Jundiaí.
De acordo com Itamar de Souza:
"O presídio João Chaves foi construído em 1953 pelo governador Sylvio Pedroza. Após 10 anos de paralisação as obras são retomadas pelo governador Aluísio Alves e concluída no Governo Walfredo Gurgel.(...) Foi inaugurado oficialmente em 28 de abril de 1968, pelo Ministro de Justiça Dr. Gama e Silva. Logo após a sua inauguração, os apenados foram transferidos de Jundiaí para este presídio".
Em 2006, a governadora Wilma de Farias derruba o prédio da Colônia João Chaves, para dar lugar a uma praça.
Voltando a Escola Agrícola de Jundiaí, é inaugurada em 3 de abril de 1950. Em 1953, durante o governo de Silvio Pedroza sendo introduzidos na escola os cursos de iniciação e mestria agrícola. posteriormente o convênio firmado entre o governo do Estado e o Ministério da Agricultura, a escola prática de agricultura passa a chama-se Escola Agro- Técnica de Jundiaí. Hoje a Escola Agrícola de Jundiaí, além de oferecer o ensino médio profissionalizantes, funciona também como universidade.

DADOS SOBRE A ESCOLA ESTADUAL HENRIQUE CASTRICIANO DE SOUZA

             A Escola Estadual Henrique Castriciano de Souza, situada na rua João Santiago de Oliveira sem número, Macaíba/RN, Telefone (84)3271-4982, foi fundada em 19 de abril de 1983.
          Desde sua fundação até 2003, a escola teve como administradoras as professoras: Maria de Lourdes Melo ( 1° diretora), afastada por motivo de aposentadoria. Maria José Vieira Mendes assume o cargo de diretora, juntamente com Maria Edineide, que é sua vice- diretora.
          Em 2004, a escola esteve sob a direção da professora Edilia Faustino Alves, de de Maria da Conceição Félix Camilo, vice- diretora.
           De 2006 á 2009 a direção da escola esteve sob a responsabilidade do professor Jaílson de Lima e de Maria do Socorro, Vice- diretora.
         De 2010 á 2013, assume novamente a gestão Edilía Faustino Alves, como diretora e Maria DaPaz dos Santos, como Vice.
       Atualmente a direção da escola está João de Souza Revoredo Neto como diretor,  e Jaílson de Lima Silva como vice.
 Elementos da Bandeira do Colégio
A bandeira da escola foi desenhada pela professora Natércia Leiros, que tem os seguintes elementos como símbolos.

  • A coruja que representa a sabedoria.
  • O livro que representa a dedicação á leitura.
  • O laço que simboliza a fundação da Escola Doméstica de Natal, criada por Henrique.
  • A flor de lis que representa a fundação do escotismo no Rio Grande do Norte.



segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Augusto Tavares de Lyra

 Considerado pelo presidente Getúlio Vargas como uma relíquia nacional. Augusto Tavares de Lyra, nasceu no dia 20 de dezembro de 1872, filho de Maria Rosalina e do Coronel Feliciano Pereira. Tem a sua vida acadêmica iniciada no Recife com o Curso de Humanidades, além de se tornar bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direiro do Recife.
     Ao sair de Recife, advoga em Natal, onde exerce as profissões de professor de História Geral e do Brasil no Atheneu e a de Jornalista do Jornal a República.
     A vida política de Tavares começa em 1894, como deputado federal. Em 1910 é eleito senador da República, quatro anos mais tarde assume o ministério da aviação e obras públicas.
     Em vida lança vários livros, entre eles: A História do Rio Grande do Norte, onde escreve sobre a sua terra natal.  
      No dia 26 de outubro de 1918 é nomeado Ministro do Tribunal de Contas. Alguns anos mais tarde, mais precisamente, no dia 21 de dezembro de 1958, aos 86 anos, um dos mais notáveis políticos do Estado falece.

HISTÓRIA DA FUNDAÇÃO DA ESCOLA ESTADUAL ARCELINA FERNANDES- MACAÍBA/RN

                 A ESCOLA ESTADUAL ARCELINA FERNANDES FOI CONSTRUÍDA NO ANO DE 1951, A PRINCÍPIO ERA CHAMADA DE GRUPO RURAL. 
                A ESCOLA FOI CONSTRUÍDA DURANTE ADMINISTRAÇÃO DE LUÍZ CÚRCIO MARINHO, NO TERRENO QUE FOI DOADO PELO SENHOR MANUEL MACHADO. PORÉM,   O GRUPO SÓ COMEÇOU A FUNCIONAR EM 1952, SENDO LIGADA A DIREÇÃO DO GRUPO ESCOLAR AUTA DE SOUZA.
               NÃO É POSSÍVEL LOCALIZAR UMA DATA ESPECÍFICA DE QUANDO A PATRONA DA ESCOLA PASSOU A SER ARCELINA FERNANDES E SE CHAMAR ESCOLA ESTADUAL ARCELINA FERNANDES.
              ARCELINA FERNANDES NASCEU EM NATAL, RN, EM 24/03/1890. SE FORMOU PELA ESCOLA NORMAL DE NATAL, NO ANO DE 1910.
               FOI NOMEADA PARA O GRUPO ESCOLAR AUTA DE SOUZA EM MACAÍBA, ONDE FOI DIRETORA. EM SEGUIDA FOI TRANSFERIDA PARA A CIDADE DE NOVA CRUZ ONDE TRABALHOU NO GRUPO ESCOLAR ALBERTO MARANHÃO POR MUITOS ANOS.
               APOSENTOU-SE EM TRÊS DE MAIO DE 1956, FIXANDO MORADIA EM NATAL. FALECEU NO DIA 31 DE OUTUBRO DE 1968. TENDO O SEU SEPULTAMENTO REALIZADO NA CIDADE DE MACAÍBA.

PROPRIETÁRIOS DO SOLAR FERREIRO TORTO

Ferreiro Torto
Imagem: Ranier do N.Silva

Em 1614 o solar, surgi na história da cidade como segundo engenho da Capitânia do Rio Grande. O Engenho Potengi.
Em 1645, o engenho é atacado pelos holandeses, que mataram todos ali presente, deixando o local em ruínas.
Somente no final do século XVIII é que o Engenho passa a pertencer a Joaquim José do Rego Coronel da milícia da cidade, onde residiu com a família. Em 1847 o engenho muda de dono, passa a pertencer ao Coronel da Guarda Nacional Estevão José Barbosa, que manda reconstruí -ló em estilo colonial português, com o telhado de quatro águas, este estilo influênciou as construções do Brasil nos séculos, XVI, XVII e XVII. após a restauração a casa passa a receber várias autoridades da época, sendo palco para saraus e bailes, no período da Macaíba Aristocrata. Décadas depois o casarão irá pertencer á família Vasconcelos Chaves, nascendo neste local em 1875, João Batista Vasconcelos Chaves, famoso criminalista. A última proprietária do casarão foi a viúva Machado.

ALBERTO MARANHÃO




Alberto Maranhão
Imagem:telescope.blog.uol.com.br
Irmão de Augusto Severo, nasceu no dia 2 de outubro de 1872. Alberto Maranhão, filho de Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão  e de Feliciana Maria da Silva Pedroza.
   Em 1892, aos 20 anos forma- se na Faculdade do Recife, em Direito.
   Anos depois casa-se com Inês Barreto, com quem teve seis filhos: Paulo, Laura, Jusite, Cleanto e Caio.
   Na sua vida profissional teve vários cargos entre eles o de promotor público em Macaíba, ocupou o cargo de Secretário de Estado durante a administração de Pedro Velho, em 14 de junho de 1899, foi eleito Governador do Estado, no periodo de 1900 a 1904.
   Durante a administração de Alberto, ele aprovou a lei nº145, na qual dizia " É o governador autorizado a premiar livros de ciências e Literatura produzidos por filhos domiciliados no RN, ou naturais de outro Estado quando neste tenham fixa e definitiva a sua residência". " Essa lei promoveu o desenvolvimento cultural do Estado, constituíndo -se em fato inédito no país".( TRIBUNA DO NORTE, nº8, p.04).
    Ainda no primeiro mandato podemos citar a construção do Teatro Carlos Gomes ( atualmente Alberto Maranhão), a destinação das rendas foram voltadas aos flagelados da seca, que se encontravam em Natal.
    Eleito Governador pela segunda vez, o seu governo contou com a Fundação do Conservatório de Música, e as construções do Hospital Juvino Barreto (hoje Onofre Lopes); o Derby Clube ( para incentivar o hipismo). A casa de Detenção ( hoje Centro de Turismo) e o asilo de mencidade. Implantou a luz elétrica em Natal e posteriormente inaugurou a Escola Normal.
    Em Macaíba, sua terra de origem, construiu o cais de atração, que por sinal era nesse cais que era exportado os grãos de mais de trinta municipios.
    Falece em 1 de fevereiro de 1944 em Angra dos Reis. E em Parati é sepultado um dia após a sua morte. Os seus restos mortais foram trazidos do RJ para RN em setembro de 2005, e depositados num memorial localizado no Teatro que tem o seu nome em Natal.
 Teatro Alberto Maranhão
Imagem:roteiroturstico-natalr.blogspot.com
 

O Surgimento da figura de Fabricio Gomes Pedroza

Durante o período em que iniciara o século XIX, o cultivo da cana -de - açúcar já não era tão lucrativo, quando o equilibrio de sua produção na capitania do Rio Grande. Fatores relacionados a dificuldade do transporte do açúcar, favoreceu o desenvolvimento da cotonicultura no povoado de Coité, passando tal produto, a desempenhar o novo poder econômico da localidade.
   O cultivo do algodão contribuiu para o desenvolvimento considerável da população de Coité. O desenvolvimento da região se torna possível, devido os reflexos da Revolução Industrial, o que leva a Inglaterra a procurar comprar em grandes quantidades a produção algodoeira do Egito e do nordeste do Brasil, com o intuito de substituir o linho pelo algodão, permitindo assim novas possibilidades técnicas, para o uso desta nova economia que permitirá o seu aproveitamento de modo quase ilimitado, tornando a principal matéria -prima do comércio internacional, em decorrência da Guerra de Secessão dos Estados Unidos que tem a produção do algodão prejudicada.
Acervo: Pessoal/ Fabrício Gomes Pedroza
  Paralelamente a estes fatores aparece Fabrício Gomes Pedroza, paraibano de Areia e proprietário do Engenho Jundiaí, Fabrício surge como articulador do mundo dos negócios, que após casar-se com  Dona Damiana Maria Bandeira, filha de Francisco Pedro Bandeira, exerce papel importante no processo do desenvolvimento algodoeiro em Coité. A facilidade do seu cultivo, que não exige, instalações complexas e o número elevado de mão- de- obra para a colheita, favoreceu o despertar da região para um grande pólo comercial.

Foto antiga do Casarão dos Guarapes/ acervo pessoal Anderson Tavares de Lyra

Por conseguinte, para comportar a sua produção, além dos produtos que comprava dos Engenhos de São Gonçalo, São José e Ceará - Mirim. Fabrício instala a primeira casa comercial da povoação, e devido aos crescentes lucros que vinha adquirido em seus negócios. O paraíbano constrói no sítio do sogro uma casa comercial de tecidos e de secos e molhados, e no topo da colina foi edificado a casa onde viria a residir, além de uma capela, alojamento para funcionário e senzala para os escravos.
  Dentre o grande fluxo  de produtos e de algodão, Fabrício manda construir o Porto dos Guarapes.
  Segundo Otacílio Alecrim " Ora Guarapes é a abreviatura popular do vocábulo gentio Guarapes, cujo significado pretende expressar o rumor das águas batendo nas concavidades por elas produzidas."