quarta-feira, 21 de outubro de 2015

OS DIVERSOS NOMES QUE A ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ JÁ TEVE.

Imagem do Livro Jundiaí no seu cinquentenário.
Primeira entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.

 A ESCOLA PRÁTICA DE AGRICULTURA (ATUAL EAJ) FOI INAUGURADA EM 03 DE ABRIL DE 1949, SENDO EXTINTA, EM 1953, PARA DAR LUGAR A ESCOLA AGROTÉCNICA DE JUNDIAÍ, QUE NOVAMENTE, MUDA DE NOME EM 14 DE FEVEREIRO DE 1964,PELO DECRETO NÚMERO 53.558, E PASSA A CHAMA-SE DE COLÉGIO AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ, SENDO INCORPORADO Á UFRN, PELO DECRETO NÚMERO 61.162, DE 16 DE AGOSTO DE 1967.
Segunda entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.
Foto:Ranier Nascimento.

Nova entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.
Foto: Ranier Nascimento.

SOMENTE EM 16 DE AGOSTO DE 2000, É QUE A ESCOLA RECEBEU O NOME ATUAL; ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ, UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS, INTEGRADA Á ESTRUTURA ACADÊMICA E ADMINISTRATIVA DA UFRN.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Acervo:Ranier Nascimento
Reportagem de 2002, trás a triste realidade da desvalorização do patrimônio em nossa cidade e no Estado do RN.
“A identidade e o caráter de uma cidade são dados não só por sua estrutura física, mas, também, por suas características sociológicas. Por isso, é necessário que não só se preserve e conserve o patrimônio histórico monumental, como também que se assuma a defesa do patrimônio cultural, conservando os valores que são de fundamental importância para afirmar a personalidade comunal ou nacional e/ou aqueles que têm um autêntico significado para a cultura em geral.” (IPHAN, 1995: 275) 
O grande desafio a ser alcançado em Macaíba e no Estado, é conseguir a preservação do patrimônio
 cultural e histórico, com fins de manter viva a lembrança daqueles que participaram da construção da nação, e que contribuíram para a formação da cidade. 
Em Macaíba, existem algumas fachadas de prédios antigos preservadas, porém precisam ser restauradas, assim como o solar dos Guarapes. Símbolos arquitetônicos importantes de um passando não muito distante...

História de Jundiaí

SOLAR JUNDIAÍ. 
 FOTO:RANIER NASCIMENTO. 
 A origem do nome de Jundiaí vem do rio que possui origem indígena e deriva de “iundiái”, que significa rio dos jundiás. Os jundiás são peixes de águas doces originários da Amazônia, conhecido também como bagre. As águas do Jundiaí possibilitaram o surgimento de populações em suas proximidades. Este foi o caso do Engenho Jundiaí. A fertilidade das terras onde hoje está localizada a Escola Agrícola possibilitou a fundação do engenho dedicada ao plantio de cana de açúcar. O Engenho Jundiaí surgiu nas vizinhanças de Coité, povoação situada na orla do rio Jundiaí. O engenho foi propriedade de ilustres personagens da história de Macaíba, que atuaram como senhores e senhoras de engenho. Entre eles, citamos o paraibano Fabrício Gomes Pedroza. No ano de 1909, o governador Alberto Maranhão, filho de Macaíba, comprou o Engenho Jundiaí à dona Joana Evangelista dos Prazeres Dantas, a fim de ser instalado um campo de demonstração agrícola para a produção de rapadura e de frutas tropicais.

Foto:Ranier Nascimento.

Dentro das terras atuais da Escola Agrícola de Jundiaí, encontra-se o baobá, árvore de grande porte proveniente das estepes africanas plantada nos tempos em que a escola era o Engenho Jundiaí. O baobá, erguido à margem da estrada, é um atrativo natural de Jundiaí. O exemplar encontrado em Jundiaí apresenta um tronco de 12,9 metros de circunferência, 4,10 metros de diâmetro e 15 metros de altura. Não se pode precisar com segurança, quem e quando foi plantado o baobá. Segundo a versão do historiador Luís da Câmara Cascudo, o baobá localizado em Jundiaí foi plantado por ex-escravos de Macaíba que trabalhavam no Engenho Jundiaí e que foram libertos no ano de 1887. As terras onde hoje localiza-se a Escola Agrícola de Jundiaí também já abrigou um presídio. Após a extinção do Campo de Demonstração Agrícola de Alberto Maranhão, a área da fazenda foi anexada à Colônia Penal Dr. João Chaves. O penalogista Doutor João Chaves também é um nome importante para a história de Macaíba e da Escola Agrícola de Jundiaí. O doutor João Chaves, formado em direito e especialista em direito penal, foi o responsável pela fundação do estabelecimento prisional. Os presidiários da Colônia Penal tiveram grande importância na história da instituição escolar, uma vez que foram eles que ajudaram a erguer os primeiros prédios que viriam a ser a Escola Agrícola de Jundiaí. A Colônia Penal funcionou até o ano de 1955, quando saiu das proximidades da escola para ser transferida para a zona norte da cidade de Natal. Anos mais tarde, em 1997, os presidiários retornariam à propriedade da Escola Jundiaí para trabalhar nas lavouras e na cozinha da instituição, por meio de um convênio realizado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Secretaria de Justiça do estado. Em um dia de domingo, 3 de abril de 1949, nasceu os primórdios da Escola Agrícola de Jundiaí: a Escola Prática de Agricultura. Nesta tarde histórica, nasceu uma pequena escola de instalações modernas idealizadas por dois grandes nomes: o doutor Enoch Amorim Garcia e professor Rivaldo D’Oliveira. Enoch Amorim Garcia era natural de São José de Mipibu e formado no curso de bacharel em direito na faculdade do Recife. Enoch Amorim Garcia sonhava com a fundação de uma casa de ensino que oferecesse o ensino médio agrícola no Rio Grande do Norte. Devido a sua importância, o fundador da instituição tornou-se macaibense honorário por título outorgado pela Câmara de Vereadores de Macaíba. Enoch Garcia concretizou o seu sonho ao lado de Rivaldo d’Oliveira. Rivaldo d’Oliveira, originário da cidade de Nova Cruz, é técnico agrícola pela Escola de Agronomia de Arei (Paraíba) e trabalhou, em 1949, na recém-fundada Escola Prática de Agricultura. Logo, no dia 4 de abril de 1949, a Escola Prática de Agricultura abriu as suas portas com a primeira aula ministrada pelo professor Rivaldo d’Oliveira.
CAPELA EM HOMENAGEM A SANTA LUZIA.
 FOTO: RANIER NASCIMENTO. 
 No interior da Escola Prática de Agricultura de Enoch Garcia, ergueu-se uma capela em devoção a Santa Luzia. A devoção à santa teve início quando, em 1947, um vaqueiro encontrou uma imagem no canteiro da estrada nas proximidades da cidade de Macaíba. Atualmente, a capela de Santa Luzia ainda se encontra na propriedade da escola. Do ano de 1949 em diante a instituição escolar passou por algumas transformações. Em 1954, a Escola Prática de Agricultura foi transformada em “Escola Agrotécnica de Jundiaí” pelo convênio firmado entre o estado do Rio Grande do Norte e o Ministério da Agricultura. Em 1967, a casa de ensino foi incorporada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) passando a ser chamada de Colégio Agrícola de Jundiaí. Finalmente, no ano de 2002, a instituição recebeu a atual denominação: Escola Agrícola de Jundiaí. Hoje, a Escola Agrícola conta com quatro cursos técnicos integrados, sendo eles: agropecuária, informática, agroindústria e informática. Além disso, a instituição possui cursos de graduação e de pós-graduação. Como pioneira no ensino integrado agrícola, a Escola Agrícola de Jundiaí continua formando profissionais e cidadãos. 
 FONTE:Escola Agrícola de Jundiaí