quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Biografia de José Acaci

Imagem;Escola Estadual Henrique Castriciano de Souza
José Acaci é professor, compositor, poeta e cordealista. Nascido em Macaíba/RN, filho de, Chagas Ramalho, do qual herdou o dom e a paixão pela literatura de cordel, e de Dona Mariquinha.
 Autor dos livros Histórias de Rio Pequeno”, “Conselhos Pra Juventude”, “As Histórias de Trancoso dos Meus Tempos de Criança”, “Gozando, Rimando e Rindo” e o projeto multimídia (livro e CD infantis) “O Reino dos Bichos”. Autor também dos CD’s Cordas e Cordéis e “Do Cordel à Embolada” e “Canções de Poeta” e de mais de sessenta folhetos de literatura de cordel,
            É Vice-Presidente da Academia de Letras de Parnamirim/RN.
Desde 2006 o poeta trabalha no projeto O Uso do Cordel na Sala de Aula,que é aplicado em Escolas Municipais do Município de Parnamirim, no qual ele leva o incentivo à leitura, o estudo e a valorização do meio ambiente, o conhecimento da cultura nordestina, e a importância dos valores humanos e sociais através da literatura de cordel.
José Acaci é Membro da SPVA _ Sociedade dos Poetas Vivos a Afins do RN e, pelos seus trabalhos e sua contribuição à cultura potiguar, recebeu homenagens do SESC/RN, da Aliança Francesa e de muitas escolas públicas do RN, além dos títulos:
Mérito Cultural Luiz da Câmara Cascudo, concedido pela Academia Caxambuense de Letras/MG;
               Mérito Poético Olegário Mariano, pela Sociedade Brasileira de Dentistas Escritores e,
Cônsul Poeta Del Mundo, pelo Embaixada da Paz, com sede no Chile.

Semestralmente participa da Semana BNB de Oficinas Culturais. Projeto que leva às cidades do interior do Rio Grande do Norte, oficinas de Teatro, Rádio, Vídeo, Fotografia, Produção de Projetos e Literatura de Cordel. O projeto já foi aplicado nas cidades de Santa Cruz do Inharé, Sítio Novo, Parnamirim, Angicos e Caiçara do Norte.

Juscio Marcelino de Oliveira

Juscio Marcelino de Oliveira

Foto:Beco dos poetas e escritores
Nasceu em 29 de maio de 1963 em Natal. É professor da disciplina ensino de arte na rede Estadual e Municipal em Macaíba. É artista plástico e de teatro. Participa da Academia Macaibense de letras.
É formado em pela UNP em artes- desenho, pós graduado em Supervisão e orientação educacional- IESN e mestrando em ciências da educação- Facnorte
 Realizou exposições: 08 individuais em Macaíba e algumas coletivas onde conta com a participação de dois salões promovidos pela Capitânia das Artes e um salão promovido pela FAPERN (AbrahnPalatnik).
 Curso de formação para teatro do improviso com o diretor Amir Haddad
                        Participou do elenco de rua da Cia. Teatral Alegria Alegria (Natal/RN)
                        Participou como maquiador artístico e ator do auto natalino-2008 (Natal/RN)
                        Escreveu e dirigiu os autos natalinos realizados em Macaíba: “Natal com Maria” no pátio da prefeitura em 2010 e em 2011 o auto itinerante Uma “História de Amor” que percorreu 18 comunidades de Macaíba.
                        Participou nos anos 80 das extintas: FETERN – Federação de Teatro do Rio grande do Norte e da CONFENATA – Confederação Nacional de Teatro
  Criou a ASTMA – Associação de Teatro Macaibense em 1982

  Criou o FESTIM – Festival de Teatro Infantil de Macaíba que teve 15 edições nos anos 80 para 90 Figurinista, cenógrafo e maquiador de teatro

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

OS DIVERSOS NOMES QUE A ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ JÁ TEVE.

Imagem do Livro Jundiaí no seu cinquentenário.
Primeira entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.

 A ESCOLA PRÁTICA DE AGRICULTURA (ATUAL EAJ) FOI INAUGURADA EM 03 DE ABRIL DE 1949, SENDO EXTINTA, EM 1953, PARA DAR LUGAR A ESCOLA AGROTÉCNICA DE JUNDIAÍ, QUE NOVAMENTE, MUDA DE NOME EM 14 DE FEVEREIRO DE 1964,PELO DECRETO NÚMERO 53.558, E PASSA A CHAMA-SE DE COLÉGIO AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ, SENDO INCORPORADO Á UFRN, PELO DECRETO NÚMERO 61.162, DE 16 DE AGOSTO DE 1967.
Segunda entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.
Foto:Ranier Nascimento.

Nova entrada da Escola Agrícola de Jundiaí.
Foto: Ranier Nascimento.

SOMENTE EM 16 DE AGOSTO DE 2000, É QUE A ESCOLA RECEBEU O NOME ATUAL; ESCOLA AGRÍCOLA DE JUNDIAÍ, UNIDADE ACADÊMICA ESPECIALIZADA EM CIÊNCIAS AGRÁRIAS, INTEGRADA Á ESTRUTURA ACADÊMICA E ADMINISTRATIVA DA UFRN.



sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Acervo:Ranier Nascimento
Reportagem de 2002, trás a triste realidade da desvalorização do patrimônio em nossa cidade e no Estado do RN.
“A identidade e o caráter de uma cidade são dados não só por sua estrutura física, mas, também, por suas características sociológicas. Por isso, é necessário que não só se preserve e conserve o patrimônio histórico monumental, como também que se assuma a defesa do patrimônio cultural, conservando os valores que são de fundamental importância para afirmar a personalidade comunal ou nacional e/ou aqueles que têm um autêntico significado para a cultura em geral.” (IPHAN, 1995: 275) 
O grande desafio a ser alcançado em Macaíba e no Estado, é conseguir a preservação do patrimônio
 cultural e histórico, com fins de manter viva a lembrança daqueles que participaram da construção da nação, e que contribuíram para a formação da cidade. 
Em Macaíba, existem algumas fachadas de prédios antigos preservadas, porém precisam ser restauradas, assim como o solar dos Guarapes. Símbolos arquitetônicos importantes de um passando não muito distante...

História de Jundiaí

SOLAR JUNDIAÍ. 
 FOTO:RANIER NASCIMENTO. 
 A origem do nome de Jundiaí vem do rio que possui origem indígena e deriva de “iundiái”, que significa rio dos jundiás. Os jundiás são peixes de águas doces originários da Amazônia, conhecido também como bagre. As águas do Jundiaí possibilitaram o surgimento de populações em suas proximidades. Este foi o caso do Engenho Jundiaí. A fertilidade das terras onde hoje está localizada a Escola Agrícola possibilitou a fundação do engenho dedicada ao plantio de cana de açúcar. O Engenho Jundiaí surgiu nas vizinhanças de Coité, povoação situada na orla do rio Jundiaí. O engenho foi propriedade de ilustres personagens da história de Macaíba, que atuaram como senhores e senhoras de engenho. Entre eles, citamos o paraibano Fabrício Gomes Pedroza. No ano de 1909, o governador Alberto Maranhão, filho de Macaíba, comprou o Engenho Jundiaí à dona Joana Evangelista dos Prazeres Dantas, a fim de ser instalado um campo de demonstração agrícola para a produção de rapadura e de frutas tropicais.

Foto:Ranier Nascimento.

Dentro das terras atuais da Escola Agrícola de Jundiaí, encontra-se o baobá, árvore de grande porte proveniente das estepes africanas plantada nos tempos em que a escola era o Engenho Jundiaí. O baobá, erguido à margem da estrada, é um atrativo natural de Jundiaí. O exemplar encontrado em Jundiaí apresenta um tronco de 12,9 metros de circunferência, 4,10 metros de diâmetro e 15 metros de altura. Não se pode precisar com segurança, quem e quando foi plantado o baobá. Segundo a versão do historiador Luís da Câmara Cascudo, o baobá localizado em Jundiaí foi plantado por ex-escravos de Macaíba que trabalhavam no Engenho Jundiaí e que foram libertos no ano de 1887. As terras onde hoje localiza-se a Escola Agrícola de Jundiaí também já abrigou um presídio. Após a extinção do Campo de Demonstração Agrícola de Alberto Maranhão, a área da fazenda foi anexada à Colônia Penal Dr. João Chaves. O penalogista Doutor João Chaves também é um nome importante para a história de Macaíba e da Escola Agrícola de Jundiaí. O doutor João Chaves, formado em direito e especialista em direito penal, foi o responsável pela fundação do estabelecimento prisional. Os presidiários da Colônia Penal tiveram grande importância na história da instituição escolar, uma vez que foram eles que ajudaram a erguer os primeiros prédios que viriam a ser a Escola Agrícola de Jundiaí. A Colônia Penal funcionou até o ano de 1955, quando saiu das proximidades da escola para ser transferida para a zona norte da cidade de Natal. Anos mais tarde, em 1997, os presidiários retornariam à propriedade da Escola Jundiaí para trabalhar nas lavouras e na cozinha da instituição, por meio de um convênio realizado entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Secretaria de Justiça do estado. Em um dia de domingo, 3 de abril de 1949, nasceu os primórdios da Escola Agrícola de Jundiaí: a Escola Prática de Agricultura. Nesta tarde histórica, nasceu uma pequena escola de instalações modernas idealizadas por dois grandes nomes: o doutor Enoch Amorim Garcia e professor Rivaldo D’Oliveira. Enoch Amorim Garcia era natural de São José de Mipibu e formado no curso de bacharel em direito na faculdade do Recife. Enoch Amorim Garcia sonhava com a fundação de uma casa de ensino que oferecesse o ensino médio agrícola no Rio Grande do Norte. Devido a sua importância, o fundador da instituição tornou-se macaibense honorário por título outorgado pela Câmara de Vereadores de Macaíba. Enoch Garcia concretizou o seu sonho ao lado de Rivaldo d’Oliveira. Rivaldo d’Oliveira, originário da cidade de Nova Cruz, é técnico agrícola pela Escola de Agronomia de Arei (Paraíba) e trabalhou, em 1949, na recém-fundada Escola Prática de Agricultura. Logo, no dia 4 de abril de 1949, a Escola Prática de Agricultura abriu as suas portas com a primeira aula ministrada pelo professor Rivaldo d’Oliveira.
CAPELA EM HOMENAGEM A SANTA LUZIA.
 FOTO: RANIER NASCIMENTO. 
 No interior da Escola Prática de Agricultura de Enoch Garcia, ergueu-se uma capela em devoção a Santa Luzia. A devoção à santa teve início quando, em 1947, um vaqueiro encontrou uma imagem no canteiro da estrada nas proximidades da cidade de Macaíba. Atualmente, a capela de Santa Luzia ainda se encontra na propriedade da escola. Do ano de 1949 em diante a instituição escolar passou por algumas transformações. Em 1954, a Escola Prática de Agricultura foi transformada em “Escola Agrotécnica de Jundiaí” pelo convênio firmado entre o estado do Rio Grande do Norte e o Ministério da Agricultura. Em 1967, a casa de ensino foi incorporada à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) passando a ser chamada de Colégio Agrícola de Jundiaí. Finalmente, no ano de 2002, a instituição recebeu a atual denominação: Escola Agrícola de Jundiaí. Hoje, a Escola Agrícola conta com quatro cursos técnicos integrados, sendo eles: agropecuária, informática, agroindústria e informática. Além disso, a instituição possui cursos de graduação e de pós-graduação. Como pioneira no ensino integrado agrícola, a Escola Agrícola de Jundiaí continua formando profissionais e cidadãos. 
 FONTE:Escola Agrícola de Jundiaí

quinta-feira, 28 de maio de 2015

COMEMORAÇÃO DO 17° ANIVERSÁRIO DE MORTE DO POETA MACAIBENSE JOSÉ ARINALDO ALVES

NESTA ÚLTIMA QUARTA-FEIRA A HISTORIADORA ADRIANA FAUSTINO ALVES SILVA LANÇOU O CORDEL; " JOSÉ ARINALDO ALVES O POETA MACAIBENSE", NA ESCOLA QUE LEVA O SEU NOME, LOCALIZADA NO LOTEAMENTO ESPERANÇA. O CORDEL CONTOU COM O APOIO DE AMIGOS E FAMILIARES, QUE FICARAM MUITO FELIZES PELO RESGATE DA MEMÓRIA E DA HISTÓRIA, DESTE CIDADÃO, QUE TANTO CONTRIBUIU PARA O ENRIQUECIMENTO DA HISTÓRIA LOCAL E DA LITERATURA BRASILEIRA.
(ACERVO: PESSOAL)

sábado, 16 de maio de 2015

COMEMORAÇÕES DO DIA DO GARI EM MACAÍBA 1983

HOJE DIA 16-05 É COMEMORADO DIA DO GARI, PARA HOMENAGEAR ESTE PROFISSIONAL QUE DEIXA A CIDADE SEMPRE LIMPA, QUEREMOS DESEJAR OS PARABÉNS PELO SEU DIA, POIS, UMA CIDADE PARA FUNCIONAR É PRECISO DO TRABALHO DE TODOS OS PROFISSIONAIS TRABALHANDO EM CONJUNTO PARA O CRESCIMENTO DO MUNICÍPIO.
(COMEMORAÇÃO DO DIA DO GARI EM MACAÍBA NA GESTÃO DA EX-PREFEITA ODILÉIA COSTA EM 16-05-1983) (ACERVO: ODILÉIA COSTA)

terça-feira, 12 de maio de 2015

HISTORIADORA E PESQUISADORA DE AUGUSTO SEVERO FAZ DOAÇÃO DE CORDEL EM ESCOLAS DE MACAÍBA

Com o objetivo de propagar a memória do macaibense Augusto Severo, historiadora e pesquisadora de Augusto Severo faz doações de cordéis de sua autoria para as bibliotecas e cordeltecas das escolas da rede municipal e estadual de ensino do município. Fotos: Ranier Nascimento
( Escola Municipal Auta de Souza)
( Escola Estadual Professora Francisca de Castro)
( Escola Municipal Francisco Genival)
(Escola Municipal Augusto Severo)
( Escola Estadual Auta de Souza)

MACAÍBA FAZ HOMENAGEM AO PIONEIRO DA AVIAÇÃO AUGUSTO SEVERO

NA MANHÃ DESTA TERÇA-FEIRA, NA PRAÇA AUGUSTO SEVERO EM MACAÍBA, HOUVE UMA SOLENE HOMENAGEM A ESSE PIONEIRO DA AVIAÇÃO, ONDE CONTOU COM A PRESENÇA DAS AUTORIDADES LOCAIS, DA AERONÁUTICA E DA POPULAÇÃO EM GERAL. CONFIRAM A BAIXO AS FOTOS DO BRILHANTE EVENTO.
FOTO: RANIER NASCIMENTO

domingo, 10 de maio de 2015

PAX CLUBE

(Acervo fotográfico Anderson Tavares de Lyra) Pax Clube foi fundado em 1948, por alguns representantes da elite macaibense. Desde o Início, a construção dispunha de um grande salão de danças, um pavilhão reservado a mesas, uma biblioteca, um pequeno bar, local para orquestra, salão de recreação e jogos. A construção recebeu o nome de Pax, em homenagem ao balão dirigível de Augusto Severo, este local no passado agitava a noite macaibense com seus bailes.

sexta-feira, 8 de maio de 2015

HOMENAGENS Á MEMÓRIA DE AUGUSTO SEVERO ( ANIVERSÁRIO DE 103 ANOS PÓSTUMOS)

Em alusão a comemoração do aniversário de morte do pioneiro da aviação macaibense Augusto Severo, essa semana o blog, contará com uma série de entrevistas, fotos de palestras ( que os historiadores macaibense Adriana e Ranier ministraram em várias escolas da rede Estadual e Municipal de ensino da cidade), bem como as fotos das doações do cordel de " Augusto Severo e o seu sonho de voar", as cordeltecas das escolas abrangentes a homenagem a sua memória, de autoria da historiadora Adriana Faustino Alves. Para dar inicio ao resgate da história e cultura macaibense, iniciaremos postando fotos de antigas comemorações do aniversário de morte de Augusto Severo na cidade de Macaíba na gestão da ex- prefeita Odiléia Costa. - Ao ser perguntada sobre, como era a comemoração em homenagem a Augusto Severo,em Macaíba a ex- prefeita Odiléia Costa respondeu: " Era uma grande festa, vinham a marinha, o exército e aeronáutica prestar as mais solenes homenagens ao pioneiro macaibense da aviação, Augusto Severo. Nossa terra sempre foi muito rica em cultura e história, e uma data tão importante como esta, jamais, poderia passar em branco na minha gestão.Conviver na mesma terra em que uma homem ousou sonhar e por esse sonho ariscou tudo, e no fim mesmo com sua morte, conseguiu comprovar que sua ideia estava certa, isso é muito valioso, por isso, eu buscava fazer com que tanto a população como as crianças aprendessem sobre a história da cidade, para que no futuro ela continuasse sendo respeitada por todos".(Odiléia Costa, dia 13 de maio de 2014)
( Acervo Odiléia Costa)

1° ENCONTRO DE PROFESSORES DA REDE MUNICIPAL DE MACAÍBA

ACERVO ODILÉIA COSTA.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Casarão dos Guarapes

Foi erguido em 1858, a mando de Fabrício Pedrosa, representando o apogeu comercial de Macaíba no passado. Hoje só restam as lembranças de um passado glorioso. As ruínas do casarão foram tombadas a nível estadual em 22 de dezembro de 1990. Texto retirado do livro das velhas, volume VII, de Luiz da Câmara Cascudo. "Fabrício Gomes Pedrosa, pernambucano de Nazaré, em principio de 1847 estava em Natal, onde perdeu, a 29 de setembro, sua mulher, D. Ana da Silva de Vasconcelo. Em Natal morreriam mais duas esposa suas.Em 3 de julho de 1857, D. Damiana Maria Pedrosa e,a 20 de janeiro de 1910, D. luíza Florinda Pedrosa, com 80 anos, viúva do "senhor dos Guarapes". Nos arredores da cidade sonolenta, Fabrício Pedrosa ambientou um dos mais avassalantes e prestigiosos domínios comercias de que há notícia no Rio Grande do Norte. Pequeno comerciante, comprando ali e vendendo além, "feirante" como dizem em Portugal, mascate, na terminologia de outrora, andou escolhendo onde assentar sua casa, como águia procura o ninho para as conquista das serras ao redor. Fixou-se no Coité. O rio Jundiaí, subindo nas maré, coleava, riscando a terra convidativa. Era a boca da picada que levava ao sertão, o inicio dos "comboio", a estação de pausa de quem demandava o litoral, especialmente buscando sal. Fabrício construiu armazéns de taipa,beirando o Jundiaí. E um casebre para morar. Ai começa a história do Coité nas crônicas sociais da província. Vila em 1879, comarca em 1882, Freguesia em 1883,Cidade em 1889, Macaíba contará sua existência da vinda desse Fabrício, numa hégira comercial e vitoriosa. De Coité, que seria a Cidade de Macaíba, Fabrício irradiou a energia irresistível para todos os quadrantes. Monopolizador do sal para o sertão, distribuidor de fazendas, animou a indústria açucareira do vale do Ceará - Mirim, modificando o processo de fabricação, graças as observações em Pernambuco. Principia o financiamento da produção adquirido em condições únicas as safras. A volta de 1861 é o mais rico, o mais poderoso, o mais influente negociante. Para sua casa desce milhares de algodão, sacos de açúcar, couros, peles, curiosidades. Populariza as primeiras "faturas", os primeiros" conta correntes" para o sertão, mandando "boletins de saldos", devulgando as " novidades" da escrituração. Seu grande auxilio é Amaro Barreto de Albuquerque Maranhão, também pernambucano de Nazaré, casado em Natal, a 9 de dezembro de 1851, com D. Feliciana Maria da Silva Pedrosa, filha do "velho" Fabrício. Coité, pertencendo ainda ao Município de São Gonçalo, pertence politicamente a família Moura. Os Teixeira de Mouram filhos e netos de Estevão José Barbosa de Moura, são, tradicionalmente os chefes natos da zona inteira. Não é possível dois soberano no mesmo trono. Fabrício está rico, forte, imperioso, resoluto. Monta a cavalo e passeia, vistoriando a sede da futura praça de guerra. Agrada-o "Mangabeira", dos Souza. La entabulando compra quando lhe disseram que os Moura estavam "em questão" com limites confusos. Não quero tais vizinhos, resmunga seu Fabrício. Veio vindo, olhando, parado, sonhando. Encontrou Guarapes, a colina solitária coberta de árvores, a curva do rio, amplo, igual, tranquilo. Fundou a " casa de Guarapes". Embaixo, margeando, de fila dos armazéns bojudos que tudo guardavam e vendiam. Em cima, os escritórios almoxarifados, a capela, a escola, o quartel- general de ação. Sob o comando de Fabrício Gomes Pedrosa, Guarapes era o centro comercial de repercussão, de conhecimento, de fama e poder. De 1869 a 1870, mais de vinte navios vem, em viagem direta, da Europa a Guarapes, carregar. NATAL, capital da província, nesse período recebeu, apenas vinte e um navios.Embarcações de 500 e mais toneladas fundeavam naquela curva silenciosa, apenas abrigando hoje a passagem de canoas pequeninas e barcaças anônimas. Tudo era rumor, vida, agitação, interesse, atividade. Em seu "RELATÓRIO", DE 5- 10-1872, o dr Henrique Pereira Lucena informava que:... convém notas que o tráfico mercantil em Guarapes, em tempo em que ali ainda residia o major Fabrício, lutou com vantagem com o de Natal e sobrepujou o da Macahyba, apesar de ser Fabrício negociante único naquela lugar; afluindo de todos os lados compradores aos seus armazéns, até mesmo do sertão da Paraíba e desta capital. Sisudo, decidido, sabendo mandar, Fabrício era simples e acolhedor.Naturalmente as anedotas explicavam, de mil formas, o sucesso econômico. Diziam que ele mudara para a Inglaterra, misturando com o açúcar, um dos morros de mais próximo. Certo é que honestidade era proverbial. Uma das maiores companhia de seguro inglesa, pagou um sinistro sem que tivesse documento de carga assegurada além da palavra do interessado. Fabrício, que costumava ouvir o BOI KALEMBA em dezembro, e não o admitia, furioso com o prejuízo, ao ser reembolsado, em julho,mandou buscar os negros do BUMBA MEU BOI e os fez dançar, pela primeira vez tal época. Por doença deixou a direção,indo o Rio de Janeiro. Faleceu no bairro de sta.Tereza, 22 de setembro de 1872, sendo sepultado no cemitério de s. João Batista. Seu genro, Amaro Barreto, continuou, em escala menor, a "casa de Guarapes" que voltou quase ao esplendor do passado com a direção do segundo Fabrício Gomes Pedrosa, nascido a 13- 7- 1856. Mudada para Natal, a "casa" veio até 1890, com força decisiva na "praça". Sem saudade, Fabrício II foi para o Rio de Janeiro onde a fortuna multiplicou. Morreu lá, seguindo, noutra direção, a campanha maravilhosa que a morte interrompia. Quem passa de automóvel, indo para Macaíba, no alto do monte, o casarão silencioso, mirando com os olhos apagados das janelas escuras, a época rutilante que o tempo levou..." Segundo Emílio Pereira, Os navios a vela que entrava aqui, no porto, trazia a bordo homens Louros, chamado pelos nativos de "gringos" traziam em pequenas sacolas moedas de ouros, libras esterlinas, para pagarem as mercadorias compradas. Por isso, gerou na convicção de muita gente, que o solar dos Guarapes, o seu Subsolo, está cheio de ouro, enterrado pelo proprietário, visto ser ele, Na época, o maior exportador de açúcar de toda a região. (A baixo a foto do casarão dos Guarapes como era, e como está atualmente. Precisamos resgatar a história da nossa linda cidade Macaíba.)
( Acervo pessoal Anderson Tavares de Lyra)

quinta-feira, 9 de abril de 2015

A HISTÓRIA DO AÇÚCAR NA TRAJETORIA DO ENGENHO POTENGI

A alta lucratividade do negro africano nos engenhos de açúcar no Brasil gerou para Portugal uma elevada acumulação mercantil, resultado da intensa movimentação internacional do açúcar, motivo pelo qual levou Portugal á fazer um empréstimo á Holanda com o objetivo de investir nos engenhos e incentivar uma maior produção de açúcar no país. Entretanto tempos depois do empréstimo realizado. Portugal passa para o domínio espanhol, do qual corta relações comerciais com a Holanda. E buscando resgatar o investimento, os holandeses invadem o Brasil para garantir o comércio do açúcar, já que tal produto detinha grande valor comercial, além disso, os holandeses queriam propagar o protestantismo (calvinismo), como forma de domínio e confronto ao catolicismo português. Em 1630, os batavos conquistam Pernambuco, dominam os engenhos de açúcar e começam a saquear as fazendas de gados para garantir alimentação a suas tropas. Como estratégica para não perderem soldados, os holandeses convenceram os índios a lutar consigo. E com tal apoio massacraram e dizimaram todos aqueles que se opuseram ao seu governo. No ano de 1633, os holandeses invadem o Rio Grande e toma o Forte dos Reis Magos, que passa a chamar-se Castelo de Ceulin, após essa conquista os batavos se dirigem para os engenhos da redondeza a fim de eliminar qualquer tipo de resistência existente. O engenho Potengi estava dentro das imediações de atuação dos holandeses. A primeira investida contra os habitantes do engenho ocorreu em 10 de março de 1634, quando o major Cloppenburch, o Capitão Felion, Capitão Tenente Cornelius Van Uxsel, acompanhados também de Domingos Fernandes Calabar e mais duzentos soldados, estavam marchando por terra, quando foram surpreendidos pelos colonos, numa passagem fechada por matagal, não havendo danos significativos aos batavos, continuam andando algumas léguas até chegar a um trecho pantanoso do caminho dificultando a investida idealizada, os holandeses resolvem regressar ao castelo de Ceulen. Segundo Câmara Cascudo o boato de que naquele engenho chegaria em breve, forças portuguesas da paraíba para garantirem a vida de seus habitantes, além das especulações de que a resistência estava sendo organizada pelo provedor da Fazenda Real, Pero Vaz Pinto(escrivão), que quando expulso da Fortaleza dos Santos Reis pelos holandeses, refugiu-se no Engenho Potengi. O fato é que os holandeses não permitiam que existisse focos de resistência a sua dominação. É que no dia 14 de dezembro, os holandeses deixam o Castelo de Ceulen em três botes dos navios, e seguiram Potengi acima, e depois por terra, até chegar ao engenho com ajuda dos tapuias da tribo dos janduís, mataram Francisco Rodrigues Coelho, sua família e todos os que ali haviam se refugiado. Das mulheres foram cortados os pés e as mãos, dos homens foi extraído de uns o coração pelas costas, e de outros decepados por inteiro os órgãos genitais. o massacre serviu de aviso aos que não seguissem as normas dos holandeses.

DOAÇÃO DA DATA DE TERRA DO ENGENHO POTEGI( atual Ferreiro Torto)

Entre os anos de 1602 e 1609 foi concedida a Francisco Rodriguês Coelho a doação de uma sesmaria com intuito de explora e colonizar a terra e se isso feito as terras passaria aos seu descendente como forma de manutenção do sistema capitalista comercial. A exploração da terra era feito através do capital privado de Francisco Coelho e na medida em que houve grande concentração de terra nas mão dos colonos, foi havendo o aumento do trabalho de escravo da Capitânia do Rio Grande do Norte, o engenho Potengi. Segundo Tavares de Lyra, no engenho Potengi, os moradores se ocupava principalmente com a criação de gado que ali existia em abundância. O gado era utilizado no transporte de cargas, força matriz dos engenhos e alimentos. A estrutura física da casa Grande se diferenciava das demais, por causa do seu estilo arquitetônico, constituindo-se em um pólo de irradiação de todas atividades sociais, e econômica do engenho. A influência do cristianismo, pregado por Portugal através dos jesuítas no Brasil, teve influência no Engenho Potengi, já que próximo a casa grande uma capela, onde eram realizada cerimônias religiosas, sendo que apenas a família de Francisco Coelho que podia frequentar-las, atendendo apenas aos interesses da elite da época. OS escravos eram proibido de realizar tipo de manifestação religiosa nela. De acordo com o secretário de cultura de Macaíba, Marcelo Augusto, próximo a capela do engenho ficava um cemitério, do qual só atendia aos interesse da família de Francisco Coelho. Tinha-se ainda nas imediações da casa Grande o engenho de açúcar, e de acordo com Câmara Cascudo apesar deste produto ser cultivado no engenho, nunca houve uma produtividade significativa do produto.A casa de Farinha, que logo no inicio de suas atividades agrária foi empregado o cultivo da mandioca e dela feita a farinha. E a senzala, que era a habitação dos escravos. sendo que todas essas construções localizavam próxima da moradia de Francisco Coelho, pelo motivo de saber tudo o que ocorria em seu engenho e de não deixarem os escravos muito "livres" para que não fugissem. Certamente quando estavam trabalhando havia um ou mais feitores a observa-los e a castiga-los caso não cumprisse com que lhes eram determinados.

domingo, 15 de março de 2015

ANTIGO JORNAL DE MACAÍBA O JUNDIAHY- 7 DE SETEMBRO DE 1931

Acervo: Pessoal

A MAÇONARIA NO RN E EM MACAÍBA

A maçonaria é uma instituição filantrópica, filosófica e educativa, que tem por objetivos a liberdade, igualdade e fraternidade, (lema da Revolução Francesa). tratar-se de uma sociedade discreta, que se destina a construção de um homem melhor. o próprio nome Maçonaria vem do Francês maçonnerie, que quer dizer construção, que remete ao objetivo de homem melhor. A Maçonaria se espalha pela Europa e chega ao Brasil no Período colonial. É durante o processo de Capitânias Hereditárias, invasão holandesa, há registros que confirmam a presença de maços na Capitânia do Rio Grande. Á exemplo de sua participação na história podemos citar a libertação dos escravos. onde o Brasil era o único país da América do Sul ainda com esse sistema de escravidão, e com isso resultava em uma imagem ruim para o país, os maçônicos, que em tal época compunha a elite do Brasil, começaram a buscar leis que libertasse os escravos. Tal ideal se firmou no seio da sociedade secreta, que para ser aceito como membro da Maçonaria no Brasil, o homem dono de escravos tinha que libertar-lós. "A Capitânia do Rio Grande do Norte, antes do advento da revolta da confederação do Equador, já se fazia presente com tão avultado número de maçons, que realizavam sessões nos pontos afastados de Natal, de preferência nos Sítios " Belém" em São José do Mipibu, e "Estivas" em Goianinha... ...A primeira Loja Maçônica fundada no Rio Grande do Norte foi no ano de 1836 foi a sigilo natalense"(Paulo Alexandre Gonçalves da Silva- A História da Maçonaria no Brasil) Os maçônicos também estavam entre os homens de Macaíba(mulheres não são permitidas em suas reuniões secretas), entre eles o que se destacou como Grão Mestre da Maçonaria do Brasil e do Rio Grande do Norte foi o maçom Armando de Lima Fagundes. Desde então o número de homens maçons do município aumentou. Atualmente existem homens que compõem a elite de Macaíba que fazem parte da maçonaria, existe também no município uma loja maçônica, porém não se sabe ao certo quando ela passou a existir. O fato é que desde os primórdios da colonização do Brasil esses homens se fizeram presente no processo histórico, buscando sempre o aperfeiçoamento moral dos seus membros, bem como o de toda a humanidade.

ENERGIA ELÉTRICA EM MACAÍBA

Em 1964, não existia energia elétrica em Macaíba, o centro da cidade a noite contava apenas com um"candeeiro" que mal iluminava a rua, que era acesso a partir das 17hs e entre 19 e 20 horas a chama do mesmo já havia extinguido completamente. Após essa hora os homens dificilmente saiam de suas casas, já as moças: "As moças dormiam trancadas pela mão paterna, mal alumiados os escuros aposentos pela chama imota de tosca lamparina escassamente alimentada por mal cheiroso azeite de carrapato"(Eloy de Souza) A energia chegará a Macaíba proveniente da energia de Paulo Afonso. Na administração de Mônica Nóbrega.

CORDELISTA HAILTON MANGABEIRA

Resultado de imagem para hailton mangabeira
Imagem: hailttonmangabeira.blogpost.com
Hailton Alves Ferreira, vulgo Hailton Mangabeira, nasceu em Macaíba no dia 09 de janeiro de 1973. É o filho mais novo de Manoel Francisco Ferreira (seu néo) e de Josefa Alves de Medeiros Ferreira (Dona Zefinha).
Desde cedo começou a seguir os passos da mãe, professora da Rede Pública, e que também gostava da literatura de cordel. Vez por outra tinha a oportunidade de ler cordéis que sua mãe comprava na feira de Macaíba, daí o gosto desde de criança pela literatura de cordel.
É pós- graduado em Educação, leciona em São Gonçalo do Amarante e em Macaíba.


Alguns cordéis de Hailton Mangabeira.
Acervo: Pessoal

Acervo:Pessoal


terça-feira, 10 de março de 2015

PROFESSOR MESTRE DE MACAÍBA LANÇA O SEU LIVRO EM NATAL.

TODO TRABALHO QUE RESGATE A HISTÓRIA DE UM POVO OU REGIÃO É DIGNO DE ESTUDO E ADMIRAÇÃO, POR QUE ESTE TRABALHO ENRIQUECE E VALORIZA A NOSSA CULTURA BRASILEIRA. FOI SOB ESTA ÓTICA QUE 

Diego José Fernandes Freire licenciado, mestre em história pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, leciona na rede Estadual de Ensino em Macaíba, na Escola Estadual Henrique Castriciano de Souza, e é professor da Universidade Potiguar, em Natal.
Lançou na noite desda terça feira, o seu livro "CONTADO O PASSADO TECENDO A SAUDADE- A CONSTRUÇÃO SIMBÓLICA DO ENGENHO AÇUCAREIRO EM JOSÉ LINS DO REGO 1919-1943).O prefácio do livro ficou por conta do historiador Durval Muniz de Albuquerque Júnior.

"O Historiador é uma peça fundamental em todo o tipo de cultura. Ele retira e preserva os tesouros do passado, interpreta a História, aprofunda o conhecimento do presente. Um povo sem História, e sem o Historiador, é um povo sem memória".(Adinalzir Pereira Lamego Professor de História do Colégio Estadual Jornalista Octávio Malta).

"Determinação, esta é uma palavra que defini Diego, em sua jornada pelo mestrado. Esta é sem dúvida uma obra que todos os historiadores e amantes dela, deveria ter em sua biblioteca particular" (Edília Alves)

Parabéns Diego, pelo excelente trabalho de dissertação e empenho. Continue privilegiando a História Nacional com brilhantes dissertações.

Imagem:Facebook

sábado, 7 de março de 2015

1° posto da TELERN e 1° Banco de Macaíba

Em 1973 Macaíba é beneficiada com um posto da TELERN, inaugurado no governo do Dr. Cortez Pereira, onde ficava a Câmara dos vereadores da cidade. Um ano depois Dr. Cortez inaugura a Agência do Bandern, primeiro banco da cidade.
Anos mais tarde em 1979, é instalado em Macaíba um posto avançado do Banco do Brasil, que em 1982 passa a ter autonomia  e Agência na cidade.

Acervo: Odiléia Costa/ banco bandern em Macaíba


A FABRICA NOBREGA & DANTAS EM MACAÍBA ( INDUSTRIALIZAÇÃO TÊXTIL)

O primeiro fluxo grande imigratório para a cidade de Macaíba, ocorreu com a construção da usina Nóbrega & Dantas, sendo que muitos de seus construtores se tornaram empregados, morando na cidade.
Com a SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste), foi possível a instalação de várias indústrias têxteis no Estado, sendo Macaíba também beneficiada com a instalação da indústria têxtil de afiação de algodão. A FAMOSA, que com a indústria Nóbrega& Dantas foram os responsáveis por impulsionar a economia da cidade, com a geração de muitos empregos para a população local.
Depois de 1950, o panorama sócio- econômico de Macaíba sofreu profundas modificação, chegando a alcançar em 1964 um relativo surto de desenvolvimento, ocasionando a mudança na antiga pequena cidade.
O crescimento populacional foi uma consequência do modelo econômico da época, segundo o CENSO de 1970, Macaíba estava entre os municípios mais populosos da região com 29.673 habitantes.
Já na segunda década de 1970, há o processo de crescimento urbano em Macaíba que teve como consequência os fatores da politica habitacional do Banco Nacional de Habitação, com a construção de Conjuntos habitacionais, que possibilitou a aquisição da casa própria, por diversas classes sociais.
Porém, o fechamento da fábrica Nobrega & Dantas entre 1982 e 1983 o fluxo financeiro de Macaíba diminui ocasionando o final de sua influência na região, devido á crise do algodão, que prejudicou profundamente sua produção e o abastecimento do produto em suas fazendas.
Anos antes do fechamento definitivo da indústria Nóbrega& Dantas, já existia em Macaíba a indústria de porcelana Beatriz S/A, que tinha como matéria prima o caulim para a fabricação das louças e a indústria de confecções SULFABRIL S/A. Porém com a crise do setor indústria têxtil e de confecções do Estado, a SULFABRIL e a Famosa fecham em 1990 e a indústria de porcelana Beatriz segui o mesmo caminho das outras duas.

1° VOTO FEMININO DE MACAÍBA

 Em 1927, o Senador Juvenal Lamartine de Farias sensibilizado com a causa feminina e que concede a mulher o direito de votar, possibilitando o crescimento do espaço social e politico no Estado, pela Lei n°660.
A partir dessa iniciativa do Senado, é que o Juiz Virgílio Dantas qualifica á primeira eleitora de Macaíba, Maria Terceira Dantas a votar.
Quase duas décadas depois do primeiro voto feminino em Macaíba, em 1945 é instalado o tribunal regional da Justiça eleitoral em Natal, o que possibilitou a criação da quinta zona eleitoral do município de Macaíba

quinta-feira, 5 de março de 2015

PATRIMÔNIO CULTURAL IMATERIAL

O patrimônio mais significativo que a sociedade perpetua ao longo dos tempos é a cultura, e dentro desta, os elementos compositores á ela nos deixa um legado eterno.

Durante muito tempo, pensou-se que patrimônio histórico fossem apenas as construções sólidas, feitas de alicerces, cimentos ou esculpidos pela natureza, como é o caso dos sítios arqueológicos.
Porém, o patrimônio imaterial são as nossas heranças, crenças, comportamentos, tradições, que perpassa pelo processo de transmissão de um individuo a outro, por meio de lembranças que, nos tornam parte da construção e reorganização da história.

Para cada tipo de construção histórica existe uma unicidade. Esta capacidade de produzir novos significados mais amplos e profundos do que aqueles dos quais se originaram, possibilita o compartilhamento de seus conhecimentos significativos para o enriquecimento da cidade. Já que somente é através do material que se pode ter uma manifestação do imaterial. 

Segundo o Site www.fja.rn.br/patrimonioimaterial/docs:

"No Brasil, o Governo Federal regulamentou o art.216 da Constituição de 1988 através de Decreto 3.551/2000, que criou o Programa Nacional do Patrimônio Imaterial (PNPI) e instituiu como formas de proteger o patrimônio imaterial, o registro em livros temáticos no IPHAN ( Instituto Histórico e Artístico Nacional) e o inventário".

Assim a capacidade de fazer, construir e modificar marca a sociedade, as aptidões adquiridos naturalmente, tornam os indivíduos, parte do que chamamos de diversidade cultural. O ato de criar Cordéis, poesia, entrelaçados, ensinar, contar história, tocar, etc. São objetos de exposição de que a cultura se faz em cada individuo. O próprio processo de vida coletiva consiste em aprender e ensinar, nos permitindo a constante renovação, pois a cultura jamais se detém em um único ponto.

Portanto os saberes populares, a literatura, a arte, o teatro, a festa da padroeira, as vaquejadas, a festa do ex-aluno do Colégio Agrícola de Jundiaí, a culinária, o mercado entre outros, fazem parte do patrimônio cultural Imaterial de Macaíba.

CORDELISTA MACAIBENSE FRANCISCO QUEIROZ DA SILVA ( CHICO POMBINHA)


Imagem:hailtonmagabeira.blogpost.com

Francisco Queiroz da Silva, mais conhecido como Chico Pombinha, filho de Antônio Queiroz da Silva e Julieta Queiroz da Silva, nasceu no dia 28 de outubro de 1951, é casado com Lúcia Maria Bernandinho da Silva com quem teve três filhos: Fabiana, Fábio e Fagner.
Foi funcionário público durante 12 anos na Escola Estadual Alfredo Mesquita Filho, atualmente é comerciante em Macaíba.

O seu passatempo favorito é escrever literatura de cordel, e apesar de só ter estudado até a 4° série do ensino primário, possui uma facilidade extrema de fazer rimas para compor os seus cordéis.
Desde criança Francisco gostava muito de ler, porém, parou por um tempo e alguns anos depois voltou a ler novamente, mais é somente em 2004 que começa a escrever oficialmente, tento como inspiração a sua própria vida.

Chico Pombinha até 2010, tinha escrito 16 cordéis entre eles, Lembrança de criança, Coisa da natureza, um sonho fracassado, um time de futebol, história de um líder, o pobre e o rico, a lenda da cachaça, romance no titanic, o menino de pouca sorte, um conto de amor, entre outros.

Francisco Queiroz reside na Rua Dom Joaquim Almeida, (próximo a academia de musculação) onde tem vende os seus cordéis para quem quiser ir comprar.

Ao ser perguntado sobre algum fato que marcou a sua juventude, Chico Pombinha respondeu:

Em 1951, em Macaíba nasceu
Um menino muito esperto
Que muita coisa aprendeu
Só depois de muitos anos
Eu vim saber que era eu.

Foi um ano muito chuvoso,
Muita chuva aconteceu
Aponte não aguentou
Ela trincou e cedeu
E depois de quinze dias
Ela desapareceu.

Quando a ponte caiu
O povo se apavorou
Até quem Não gostava de água
Depois desse dia nadou
 E os que atravessou de barco
Algum dinheiro pagou.

Depois que a ponte foi feita
Para o povo melhorou
E com a inauguração da ponte
Nunca mais fundou
Mesmo depois de tantas vezes
Que o rio transbordou...

...Voltando a História da ponte 
Na próxima edição vou contar 
Tudo o que acontece
Quando o rio chega a transbordar
Não passa pra lá, nem pra cá.

Após recitar esses versos, Francisco concluiu

- Esses versos são do meu cordel lembrança de criança, no ano em que a ponte caiu, eu nasci.




ALGUNS CORDÉIS DE CHICO POMBINHA
ACERVO:PESSOAL
  

quarta-feira, 4 de março de 2015

HOMENAGEM A HISTORIADORA MACAIBENSE MARIA LUZINETE DANTAS LIMA



Maria Luzinete Dantas Lima
Maria Luzinete/ Fonte: Facebook

Maria Luzinete Dantas Lima nasceu em Macaíba, no dia 15 de fevereiro de 1961, filha de Otacílio Dantas e de Maria
do Carmo Dantas. É  casada com Eglinaldo Pereira Lima, com quem tem dois filhos, Jean e Jeilton.
É formada em história licenciatura pela Universidade Potiguar, é professora da rede municipal e estadual  de ensino da cidade de Macaíba. Tem especialização em cultura afro-brasileira pela FTC da Bahia, gosta de participar de congressos, já apresentou trabalhos na AMPUM, no encontro cientifico de educadores do Estado, apresentou e ministrou mini- curso, entre outros.
Entre os trabalhos realizado pela historiadora Luzinete tem: Igualdade racial uma questão de justiça, que foi um projeto entre os professores de artes, português e geografia com duração de três meses. No ano seguinte trabalhou com projeto chamado dança do pau furado na comunidade de Capoeiras, onde visava resgatar a cultura entre os jovens e crianças da localidade. Além de trabalhos de cidadania, meio ambiente...
Luzinete gosta em particular da história da família de Henrique Castriciano, e tem como livro de cabeceira Memórias de Eloy de Souza.
Ao ser perguntada sobre algum fato em Macaíba, que marcou a sua juventude ela respondeu:
-Na época da minha juventude o que eu achava mais interessante em Macaíba era a missa, as festas, os carnavais do clube era muito bom, eu brincava todos os dias e quando voltávamos para casa as 4 da manhã, várias moças não precisávamos nos preocupar com a violência, já que não tinha. Isto na década de 70, 80 os carnavais de rua eram muito bonito, depois acabou.
E sobre a história Luzinete comentou:
- Os futuros historiadores estudem, por que daqui a pouco é a nova geração que irá assumir, e nós vivemos em uma sociedade que requer conhecimento. Conhecimento é poder.
- Não existe faculdade ou colégio ruim é o aluno que faz a instituição de ensino, e é preciso ir a congressos, apresentar trabalhos, para ganhar experiencia, isso sim é interessante.


Cordéis de autoria de Maria Luzinete/ Acervo: Pessoal